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quarta-feira, 1 de abril de 2015

MODA PLUS SIZE, A MODA QUE NÃO É PLUS

Bom dia Leitoras, hoje passeando pela Internet , li essa brilhante matéria da Silvia Neves e que é bastante curioso e nos remete a reflexão. Até que ponto a moda Plus Size realmente representa o Seguimento Plus?  Os 50% da população que estão acima do peso , mas que possuem saúde e qualidade de vida?  Será que essas Mulheres se sentem representadas com as Modelos que o Mercado Exige? Ou será que é mais uma forma camuflada de exclusão?
Fica aqui o convite a reflexão!!!
Silvia Neves diz que as marcas mineiras plus size fazem catálogos de moda com modelos magras

"Na moda, plus size é quem veste manequim acima do 44. Quem usa abaixo do 38, está, em tese, dentro do padrão de beleza estabelecido socialmente nos dias de hoje. As mulheres que estão entre o 38 e 44, estariam, então, num limbo. Só que não é bem assim. Que o diga a belíssima australiana Robyn Lawley. Em todo editorial em que a imagem da modelo aparece associada ao plus size não é raro as pessoas se indignarem e concluírem ‘ela não está acima do peso’. “Em produção de moda, se a modelo está beirando o manequim 40 é comum querer associá-la ao plus size. É um retrocesso, como se quisessem impor a magreza até nesse segmento. Mas nós defendemos a diversidade. Do meu ponto de vista, moda é moda e não deveria sequer existir essa divisão. O setor plus size surgiu para atingir quem não se sentia contemplada, mas isso não acontece na prática”. Quem está dizendo é a Miss Brasil Plus Size Sênior de 2014, Silvia Neves. Ela está entre as principais tops dessa área no país e é uma das autoras do blog DasPlus, em parceria com a também modelo Rafa Coelho."

A australiana Robyn Lawley é ou não plus size?
Fato é que ela ilustrou uma matéria sobre moda plus size em uma renomada
revista brasileira em que as entrevistadas eram Silvia Neves e sua
companheira no blog DasPlus, Rafa Coelho

A mineira Silvia Neves tem 1,75m, 85 quilos e 40 anos. Ela sempre quis ser modelo, mas era reprovada na balança. “Eu nunca consegui, chegava nas agências, me achavam bonita e diziam que eu precisava emagrecer muito para atingir as medidas do mercado. Fiz muitas dietas sem sucesso. Para o meu tipo físico, teria que me submeter a restrições irreais, que beiravam à loucura”, recorda-se. O sonho adormeceu, a vida continuou e Silvia se tornou uma servidora pública. Nesse meio tempo, lia sobre o mercado de moda plus size nos Estados Unidos, Europa e pensava: “isso vai custar a chegar ao Brasil”.

A virada aconteceu em 2009 quando assistiu a uma entrevista da brasileira Fluvia Lacerda, que vive no país presidido por Barack Obama. “Resolvi pesquisar e cheguei à organizadora do Fashion Weekend Plus Size”, conta. No ano seguinte, ela pisou pela primeira vez na passarela do evento e a carreira deslanchou. Em 2013, abandonou o emprego de vez. Silvia Neves também é cantora lírica e já atuou com o Coral Lírico de Minas Gerais nas óperas La Taviata e Nabuco, ambas de Giuseppe Verdi, e participa do Coro Madrigale. A modelo alerta, no entanto, que, só consegue viver de moda porque é uma das plus size mais conhecidas do mercado brasileiro: “Além de as oportunidades serem poucas, o mercado está saturado”. 

Para se ter uma ideia de como o setor é restrito, as marcas mineiras plus size ainda fazem catálogos de roupas para mulheres acima do peso usando as imagens de modelos magras. E você não leu errado. É como se uma grávida tivesse que escolher um vestido de uma grife que fabrica roupas para gestantes olhando fotos de mulheres sem o barrigão. “É uma barreira. Estamos falando de roupas para quem está acima do peso, mas a imagem não representa a realidade. Como a pessoa vai se ver naquela peça?”, questiona Silvia Neves.


Extraída do blog CHEIA DE CURVAS a partir de matéria de Sanny Ferreira