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terça-feira, 31 de março de 2020

Primeiro pólo de atendimento para coronavírus está pronto em Maricá

Primeiro polo está localizado no Esporte Clube Maricá
A próxima etapa da estratégia de enfrentamento à pandemia de Covid-19 já está sendo posta em prática pela Secretaria de Saúde de Maricá: na próxima sexta-feira (03/04) será aberto, no Centro do município, o primeiro dos três polos de atendimento a pacientes com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus. A estrutura, similar à de um hospital de campanha, foi erguida e equipada no terreno do Esporte Clube Maricá para prestar o atendimento. Outros dois espaços assim, que funcionarão como a porta de acesso da população ao atendimento de casos do Covid-19, serão inaugurados nas semanas seguintes, em Itaipuaçu (10/04) e em Ponta Negra (17/04).



Nas tendas, que funcionarão todos os dias, das 8h às 20h, os atendimentos serão precedidos de um protocolo de classificação de risco, que determinará a necessidade de urgência para cada caso. “Os pacientes serão separados até em salas de espera diferentes, evitando o chamado cruzamento de fluxos, que aumenta o risco de contágio. Assim, se uma pessoa tem febre, ficará num espaço com outros que apresentem esse sintoma; se tem febre e tosse, já vai para outra área – cada uma assistida por um médico diferente”, explicou a subsecretária da Rede de Atenção e Saúde Coletiva da Secretaria de Saúde, Solange Oliveira.



Diariamente, trabalharão em cada polo quatro médicos, cinco enfermeiros, três técnicos de enfermagem e um auxiliar de farmácia (responsável pela distribuição de medicamentos relacionados a sintomas de gripe), além de seis servidores na administração e quatro para a limpeza dos locais. Duas ambulâncias ficarão à disposição nos polos para possíveis remoções de pacientes que apresentarem quadro de gravidade.



Segundo Solange, o modelo que está sendo implantado em Maricá vai desafogar as unidades básicas de saúde e dos hospitais, que passarão a oferecer os leitos de alta complexidade de que a cidade precisará para atender aos possíveis casos graves de Covid-19. “O Hospital Conde Modesto Leal precisa estar livre tanto para os pacientes graves de coronavírus quanto para as outras demandas, como acidentados ou vítimas de infarto, por exemplo, que continuarão a chegar. E o Che Guevara, que será aberto em breve, só fará atendimento de alta complexidade do Covid-19”, detalhou.



Ainda de acordo com a subsecretária, nos polos de atendimento não será feita coleta de amostras para testagem da infecção por coronavírus. “A coleta de material para análise se dá quando o paciente já apresenta quadro de gravidade; nesse caso, nós o estabilizaremos e removeremos para o hospital, onde será feita essa coleta”, afirmou ela, ressaltando também que existe a preocupação com a vinda de pessoas dos municípios vizinhos, que não estão se estruturando adequadamente para a expansão do número de casos da doença.

“É possível que acabemos absorvendo uma demanda de pessoas que não moram em Maricá, mas nosso planejamento já prevê isso”, assegurou.

Fotos: Evelen Gouvea

domingo, 29 de março de 2020

BARÃO DE INOHAN 203 - 29 de março de 2020

BARÃO DE INOHAN 203
29 de março de 2020


- Conheça tudo sobre o Programa de Amparo ao Trabalhador lançado pela Prefeitura de Maricá, em épocas do Covid 19
- Vermelhinhos disponibilizam álcool gel em seus ônibus
- Morre jovem empresária de Itaipuaçu em acidente na Restinga
- Em épocas de Covid 19, Pastel do Scooby lança delivery
- Procon de Maricá só notifica e dá prazo aos comerciantes de 15 dias para suas defesas. Enquanto isso, tome aumento!
- Tudo (quase) pronto para abertura do novo hospital municipal de Maricá
EM RESPEITO E CUIDADO AOS NOSSOs LEITORES, PARA EVITAR O MANUSEIO EXCESSIVO DA VERSÃO IMPRESSA DO JORNAL BARÃO DE INOHAN, ESTAREMOS CIRCULANDO APENAS NA VERSÃO ON LINE DURANTE O PERIODO DA PANDEMIA DO COVID 19 E ENQUANTO DURAR AS DETERMINAÇÕES DA PREFEITURA DE MARICÁ NA PREVENÇÃO DA PANDEMIA.
Barão de Inohan, já circulando na edição on line de 29 de março de 2020









Detentas no Rio vão produzir máscaras para proteção contra a Covid-19


Cerca de 30 mil máscaras de proteção contra o Covid-19 serão confeccionadas por detentas da Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, que atuam no setor de costura em troca de redução da pena. As máscaras serão destinadas, a princípio, para agentes da área de segurança do Estado. A ideia é ainda ampliar a produção para atender outros setores, cujos profissionais têm contato direto com a doença, como os da Secretaria de Estado de Saúde.

A ação, alinhada às determinações do governador Wilson Witzel, é resultado da parceria entre as secretarias de Estado de Trabalho e Renda; de Administração Penitenciária e da Fundação Santa Cabrini, que atua na gestão da mão de obra prisional.

– Precisamos estar unidos e pensando em soluções alternativas para conter os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus – afirmou o governador Witzel.

Novas ações estão sendo estudadas para a ampliação do número de detentas no trabalho de confecção das máscaras, além de planos para aquisição do material necessário.

– Dentro das diretrizes do governo Witzel, utilizar a população carcerária nesse projeto é uma iniciativa importante para aumentar a oferta dos equipamentos de proteção – destacou o secretário de Administração Penitenciária, Alexandre Azevedo. Durante o próximo fim de semana, cerca de 20 apenadas vão trabalhar, exclusivamente, na confecção das máscaras.

sábado, 28 de março de 2020

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE CURITIBA FAZ ENSAIO FOTOGRÁFICO COM MULHERES QUE SUPERARAM O CÂNCER DE MAMA


O Centro de Diagnóstico de Câncer de Mama do Hospital de Clínicas de Curitiba depende de doações da comunidade para funcionar. Estas contribuições costumam ocorrer através de boletos bancários, o que faz com que os doadores não se aproximem humanamente de quem recebe ajuda.

Pensando nisso, a escola de criatividade Redhook School, em parceria com a Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas, desenvolveu o projeto Além das Barras, onde os boletos de doação foram transformados em relatos de quem venceu o câncer de mama.


Dez mulheres que superaram a doença foram escolhidas para contarem suas histórias em um ensaio fotográfico inspirador, onde os códigos de barras ocupam o lugar de sutiãs. “A doação é um ato solidário, mas no fim das contas o doador só vê a frieza do papel e dos números bancários. Foi aí que tivemos a ideia de humanizar os boletos”, contou a Dra. Maria Helena, diretora do local.

E as fotos vão além, uma vez que também podem ser impressas e pagas como um boleto bancário normal.“Para contribuir, bastaimprimir a foto e pagar pelo internet banking ou na agência bancária. Exatamente como funciona com um boleto bancário, mas com muito mais emoção”, explica o site do projeto. Para saber mais e fazer sua contribuição, acesse o site do projeto (http://www.alemdasbarras.org.br/).


CONHEÇA A HISTÓRIA DESTAS HEROÍNAS:

Meu nome é Cristina
e eu sou avó.


Vivi os primeiros cinco anos da minha neta sendo uma avó como tantas outras: saudável, disposta, com energia para contar histórias, inventar brincadeiras e levá-la em passeios. Mas os cinco seguintes foram de luta. Uma luta que, apesar de ter me tirado muitos desses momentos de avó (tive medo de que meu cabelo caísse durante a festinha de aniversário, por exemplo), também me motivou a vencer. Cinco anos de alegria. Cinco anos de luta. Dez anos que me transformaram.

Mais que um boleto de 10 reais, é a minha luta para viver mais momentos com quem eu amo.

Meu nome é Nilda
e eu corro.

Eu sempre amei correr. Mas nunca imaginei que correria contra o tempo para salvar minha própria vida. Minha última corrida foi de 21 km, uma meia maratona. E aí o câncer me passou. Levou minha agilidade, minhas oportunidades, meu condicionamento. Mas não levou minha força para lutar. Encarei tudo como uma maratona. Corri na frente, passei meu adversário e hoje sempre lembro: é preciso chegar até o fim. É preciso estar em pé.

Mais que um boleto de 21 reais, é a minha luta para voltar a correr.

Meu nome é Thalita
e eu sou uma exceção.


Eu não estou no grupo de risco. Venci o câncer aos 24 anos. Eu assumia que, pela minha idade, não precisava me preocupar. Mas aí precisei assumir várias outras coisas. Assumi a doença. Assumi minha careca. Assumi minha batalha. Assumi minha força. Assumi que podia vencer. E quem diria? Assumi tantas coisas, tão nova. E acertei.

Mais que um boleto de 24 reais, é a minha luta por tudo que eu ainda tenho para viver.

Meu nome é Liz
e eu me conheço.


Aos 36 anos percebi que algo não estava certo. Uma dor me levou a procurar os médicos, mesmo não estando no grupo de risco. Depois de muitos exames, descobriram o câncer.O tratamento e a cirurgia foram difíceis, mais para a cabeça do que para o corpo. Mas também me tornaram forte e me fizeram buscar alternativas para resgatar minha autoestima: criei algumas roupas específicas e um sutiã especial para mulheres que passaram por mastectomia como eu. E ainda os levarei para todas que vivem a minha luta.Hoje, tenho uma vida normal, produtiva e feliz. Danço, pinto, escrevo poesias e vivo cada dia como um milagre divino.

Mais que um boleto de 36 reais, é a minha luta para viver ainda mais intensamente.

Meu nome é Juliana
e eu sou mãe.


Ao mesmo tempo em que recebi a melhor notícia da minha vida, recebi a pior: descobri o câncer junto com a gravidez. Foi então que entendi: a luta seria longa, mas aquelas 40 semanas seriam as mais importantes. Abri mão do tratamento para ver minha filha nascer. Abri mão da cirurgia para poder amamentar. Mas tudo valeu a pena. Foram 40 semanas em que aprendi a lutar. Não só pela minha própria vida, mas por uma vida ainda mais importante.

Mais que um boleto de 40 reais, é a minha luta pela vida de quem eu amo.

Meu nome é Fernanda
e eu danço.

Mãe, tias e avó prenunciaram o câncer entre as mulheres da família. Esse histórico recomendava acompanhamento médico e exames com maior frequência. Em 2010, o diagnóstico. Após extração das mamas, a limitação do movimento do braço direito me distanciava do retorno ao Balé. Complicações ainda me fizeram voltar duas vezes ao centro cirúrgico. Renasci em cada qual.Depois das sessões de fisio, o tratamento oncológico. Fim da terapia, e o recomeço na dança. Fiz meu coque – com curtos fios – e subi no palco. A cortina se abriu, e foram 60 minutos tomados pela comoção. Eu vivia novamente.

Mais que um boleto de 60 reais, é a minha luta para meu próximo espetáculo de balé.

Meu nome é Vanusa
e eu escrevo.


Quando eu tive a confirmação do que iria enfrentar, todos acharam que eu perderia o rumo. Mas eu trilhei toda a minha vida pelo caminho da alegria. Eu não deixaria o câncer me desviar. Pelo contrário, eu decidi que a minha força seria um guia para a luta de outras mulheres. Por isso, criei um blog para compartilhar histórias, experiências e desabafos. E desde o seu primeiro mês, o Laços do Peito ajudou quem estava perdida a reencontrar seu caminho. São, em média, 70 acessos diários, de pessoas que buscam esse apoio. Eu sinto como se abraçasse cada uma delas.

Mais que um boleto de 70 reais, é a minha luta para criar o Laços do Peito.

Meu nome é Vera
e eu enxergo.


Eu já enfrentei todas as formas, tamanhos e tipos de câncer. E nunca tive a doença. Há três décadas trabalho como técnica em radiologia e senti cada resultado no meu peito. No momento em que ninguém está com elas, eu seguro as suas mãos. No momento em que elas se sentem fracas, eu as relembro de sua força. São aproximadamente 150 atendimentos por semana. Todas elas contam comigo. Por isso, eu digo que não cuido de pacientes. Cuido de vidas, de histórias, de mulheres.

Mais que um boleto de 150 reais, é meu trabalho pela vida das mulheres.

Meu nome é Viviane
e eu aprendi a me amar.


Eu me perguntava se era bonita. Se era amada. Se valia a pena. Até que tive que me perguntar algo mais importante: eu vou sobreviver? Mas com o amor das pessoas que ficaram ao meu lado eu redescobri o meu próprio amor. O corpo mudou, o cabelo caiu. Mas e daí? Depois de 210 dias, ele voltou! E nesses 210 dias, vi que bonito é saber lutar. Vi que ser amado é ter gente com você nos momentos mais difíceis. E hoje, responder aquela pergunta é que ficou fácil: eu sou forte, eu me amo e, sim, eu sobrevivi!

Mais que um boleto de 210 reais, é a minha luta pelo amor próprio.

Meu nome é Rose
e eu esperei.


No exame de rotina encontraram a calcificação. E com ela veio o medo, a incerteza do que vinha pela frente. E o pior: essa incerteza me roubou um ano; 365 dias entre a mamografia e a biópsia, pela falta de recursos para fazer o exame. Já imaginou a diferença que um ano pode fazer no tratamento contra o câncer?

Mais que um boleto de 365 reais, é a minha luta para que mais mulheres não precisem esperar.

AMIGOS DO HC

Todas as doações para o Centro de Diagnóstico de Câncer de Mama do Hospital de Clínicas são coletadas via Associação Amigos do HC, uma entidade sem fins lucrativos que há mais de 30 anos trabalha em prol do desenvolvimento do corpo clínico e científico e das melhorias no atendimento aos pacientes do hospital. A responsabilidade de trabalhar por um hospital de referência no Brasil com atendimento integralmente viabilizado pelo SUS exige total transparência. Por isso, as contas da AAHC são regularmente revisadas e auditadas, e todas as arrecadações e atividades, sempre relatadas ao público no site institucional da Associação e nas redes sociais.

As doações feitas através desse projeto serão destinadas diretamente ao Centro de Diagnóstico de Câncer de Mama do Hospital de Clínicas. O seu apoio é fundamental para que a AAHC continue viabilizando um atendimento melhor aos pacientes e para que não faltem materiais, insumos e medicamentos que podem salvar vidas.


sexta-feira, 27 de março de 2020

URGENTE: PRAZO PARA RECADASTRAMENTO NO PROGRAMA PASSAPORTE UNIVERSITÁRIO TERMINA DIA 31/03



De acordo com nota publicada pela Prefeitura de Maricá no final da tarde da sexta-feira 27 de março, o recadastramento no programa Passaporte Universitário se encerra na próxima terça-feira (31/03). O não recadastramento pode acarretar na perda da bolsa de estudos. Este procedimento é obrigatório a cada semestre, conforme decreto o n° 335/19 que dispõe sobre o Programa de Políticas Públicas Educacionais.

Todo o processo deve ser realizado exclusivamente pelo site do programa (https://passaporteuniversitario.marica.rj.gov.br/). 

Devido ao decreto municipal para evitar aglomerações por conta do novo coronavírus (Covid-19), não haverá atendimento presencial. Para maiores esclarecimentos, os interessados devem ligar para o número (21) 97614-0725.

Morre o artista Daniel Azulay, aos 72 anos, vítima de coronavírus

Ele estava tratando uma leucemia e contraiu o vírus.



Morreu na tarde da sexta-feira (27/3) o artista Daniel Azulay no Hospital Samaritano no bairro de Botafogo no Rio de janeiro, vítima do coronavírus. Segundo o perfil oficial, ele estava tratando uma leucemia e contraiu o vírus. 

"Sua alegria continuará em todos nossos corações para sempre. Faremos rezas virtuais para ele nos próximos dias em virtude do isolamento. Daniel, Te amamos!!!", publicou.

Azulay era um artista plástico, educador, desenhista e autor de vários livros infantojuvenis. Nascido no Rio de Janeiro em 30 de maio de 1947, formou-se em direito mas ficou famoso por publicar histórias em quadrinho e cartoons em revistas e jornais.

A grande criação do artista foi a "Turma do Lambe-Lambe", que repercutiu na linguagem de quadrinhos e ganhou formato televisivo durante dez anos consecutivos nas redes Bandeirantes e Educativa.

COVID 19: Com 14 mil casos, Alemanha tem letalidade baixa; o que eles fizeram lá?

Alemães aguardando o momento de se submeterem ao teste do Covid 19
Sexto país com mais casos do novo coronavírus no mundo, a Alemanha tem uma das menores taxas de letalidade entre as 166 nações com registro da covid-19: 0,3%, um morto a cada 328 casos. São 43 mortes até sexta (20) para 14.138 casos de contágio, registrados em todas as suas regiões.

Em comparação com a Itália, que tem sobrecarga em seu sistema de saúde, a Alemanha possui cinco vezes mais leitos de cuidados intensivos com assistência respiratória. São 25 mil no total em território alemão. A França, que também se encontra em situação crítica, possui 7.000.

O governo alemão quer duplicar essa quantidade. Ainda mais em razão de ter projetado que, no pior dos cenários, caso nenhuma medida tivesse sido tomada, os casos no país poderiam passar dos 10 milhões, cerca de um oitavo de sua população. Os alemães também projetaram uma duração de dois anos para a pandemia.

A aposta em testes para detecção da doença também é um ponto levantado por especialistas como razão para a baixa letalidade por covid-19 na Alemanha.[

Terceiro maior número de casos na Europa

O número de casos deixa a Alemanha no grupo de europeus que enfrenta o pior cenário do novo coronavírus:
Itália: 41.035 casos
Espanha: 17.147 casos
Alemanha: 14.138 casos
França: 10.995 casos

Mas a letalidade nessas três nações é superior à taxa alemã. A Itália tem 8,30%, a Espanha, 4,47%, e a França, 3,38%.

Mestre em infectologista e professor de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Mateus Westin ressalta "a qualidade do sistema de saúde" e a estrutura médica da Alemanha.

"Acho que a Alemanha está conhecendo melhor o número real de casos que acometeu o país e, dentre aqueles que evolui com gravidade, o sistema deles está organizado o suficiente, com qualidade para atender rápido e, de forma eficaz, tratar os casos", diz.

Na comparação com a Alemanha, Westin avalia que nosso sistema de saúde está "muito estrangulado, com uma demanda sempre reprimida, em especial por leitos de terapia intensiva", diz.

"Isso, invariavelmente, vai fazer a mortalidade aumentar", comentou, referindo-se a países com problema em capacidade de atendimento na saúde.

Outras medidas

O país também fechou suas fronteiras com países como França, Áustria, Polônia e Suíça, além de fechar estabelecimentos culturais e escolas, colocar restrições em bares e restaurantes.

As medidas tiveram como meta promover o isolamento social a fim de barrar o avanço do novo coronavírus.

Para a chanceler alemã, Angela Merkel, o país passa por seu maior desafio desde a Segunda Guerra Mundial.

"Eu realmente acredito que podemos ser bem-sucedidos nessa tarefa [de combater o vírus], se todos os cidadãos realmente a entenderem como sua própria tarefa", comentou Merkel na quarta-feira (18/3).

Doentes mais jovens Na Alemanha, a idade média dos pacientes diagnosticados com o novo coronavírus é de 47 anos. Além disso, a maior parte dos casos está concentrada em pessoas com idades que variam entre 15 e 59 anos.

Os mortos, segundo os últimos dados disponíveis, tinham mais de 65 anos de idade.

A Itália é um dos poucos países que aponta a letalidade por faixa etária. Com base nos dados italianos, a covid-19 é letal em:
25,6% dos casos para quem tem mais de 90 anos
23,2% nos casos de quem tem entre 80 e 89 anos
15,3% nos casos entre que tem entre 70 e 79 anos
4,9% nos casos a partir dos 60 anos e até os 69 anos

Nas faixas dos 30 até os 59 anos, a taxa de letalidade varia entre 0,4% e 1,2%.

Na Itália, a idade média dos pacientes com covid-19 é de 63 anos, 16 a mais do que na Alemanha.

Japão tem número estável de coronavírus sem quarentena; como é possível?

Maquinista do Metrô de Tokyo

Apesar da pandemia de coronavírus, o Japão não impediu sua população de sair às ruas, medida adotada por diversos países atingidos ao redor do mundo. Isso mesmo tendo registrado seu primeiro caso há cerca de dois meses, antes de Itália e Espanha, nações mais afetadas no momento. O presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a citar a situação do Japão como exemplo. O Japão possui 1.128 casos do novo coronavírus, com 42 mortes registradas até hoje. 

No Brasil, são 1.891 casos e 34 mortes até ontem. A diferença é que o país asiático registrou seu primeiro caso um mês antes de nós.

Uma explicação para que o Japão tenha tomado medidas menos drásticas contra a covid-19 pode ser cultural. Além disso, o país não testa todos os pacientes para verificar a contaminação por coronavírus, o que pode ser um outro fator para explicar os números apresentados. 

"O Japão, historicamente, tem uma cultura estabelecida de não-disseminação de vírus respiratórios a despeito de contextos epidêmicos, como o que a gente vive atualmente", diz o médico infectologista e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) Mateus Westin.

No Japão, foram barrados em eventos que gerem aglomerações, o que afetou principalmente as áreas área cultural e esportiva. Aulas também foram suspensas em unidades de ensino.

Mas restaurantes, bares e centros comerciais estão abertos, e o metrô funciona normalmente. O governo japonês chegou a fazer um "apelo" à população para "abster-se voluntariamente de sair". 

Apesar de eventos esportivos do Japão estarem suspensos, apenas na terça feira 24/03 foi decidido o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que seriam realizados a partir do final de julho. Agora, os jogos serão realizados apenas no ano que vem em razão da pandemia, no mesmo periodo segundo direção do COI.

No Brasil, Bolsonaro disse que, vendo vídeos do Japão, observou "todo mundo na normalidade". Mas o fluxo de pessoas nas ruas é menor comparado com tempos normais. O governo de Tóquio, aliás, pede, mas não exige, que as pessoas fiquem em suas casas.

A medida mais drástica tomada está relacionada a viagens ao exterior. No Japão, há isolamento para seus cidadãos que chegam de países em que há os piores cenários do novo coronavírus, como Estados Unidos, China e nações europeias. Estrangeiros que estiveram nessas localidades são impedidos de entrar no país.

Cultura de resguardo 

No Japão, é comum que pessoas que demonstram sintomas de doenças mantenham o "afastamento social", segundo o infectologista. "E, quando precisam sair, elas utilizam máscaras por estarem sintomáticas, tem uma etiqueta da tosse absolutamente bem estabelecida." 

O próprio governo japonês isso apresentou essa cultura de prevenção ao dar dicas de prevenção à sua população.

"Tome medidas gerais de prevenção a infecções em público em instalações de transporte, paradas e outras instalações onde um grande número de pessoas se reúne", traz documento do governo. 

Westin também pontua que a população mantém as ruas sempre higienizadas, "de cada um guardar seu lixo, e dispensa em casa tudo que acumula".

"Acho que tem uma questão cultural muito importante nesse aspecto, que faz com que a população, mesmo sem medidas rígidas do governo, tenha uma consciência individual de como lidar com o sintomático, de se isolar e proteger os demais" informou Mateus Westin, médico infectologista e professor da UFMG.

Em fevereiro, o governo japonês apresentou recomendações para o combate ao novo coronavírus. O destaque fica por conta da recomendação de quem está doente evitar sair de casa. 

Menos testes

A política de testes do Japão também é diferente. Nem todos são testados, mas apenas os pacientes que os médicos julgam necessário, com especial atenção para quem tem quadro de pneumonia. 

O Japão tem uma população de cerca de 125 milhões de pessoas, contra cerca de 210 milhões no Brasil. O governo pede que "pacientes com sintomas leves de gripe fiquem em casa".

"Para idosos, a recomendação é de que idosos e quem tenha outras doenças procurem "atendimento médico adequado no estágio inicial, dada a sua vulnerabilidade à infecção". Um quarto da população japonesa é de idosos.

Desde o início dos casos no Japão, foram feitos cerca de 24.300 testes em pacientes, de acordo com dados levantados até 24 de março. Como comparação, na Coreia do Sul, cerca de 350 mil pessoas foram testadas. No Brasil, se prevê distribuir 10 milhões de testes de coronavírus.

A quantidade de testes já foi alvo de críticas, o que levou alguns especialistas ouvidos por agências de notícia internacionais a apostarem em um crescimento no número de casos.

quinta-feira, 26 de março de 2020

Maricá oferece aulas online do Pré-Encceja e Pré-Enem


Para quem está em casa e se preocupa com a falta de aulas presenciais, aulas especiais online estão sendo ministradas nas páginas do facebook do Pré-Enem Popular Iara Iavelberg e do curso preparatório para o Exame de Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Pré-Encceja Paulo Freire) para todos que querem aprender um pouco mais e manter o ritmo de preparação.

Os interessados devem buscar as páginas às 18h das próximas segundas, quartas e sextas-feiras para acompanhar os ensinamentos de física, geografia, história e matemática, respectivamente.

Na próxima sexta-feira, dia 27/03, o professor Marco Antônio Chileno estará no comando da quarta aula online, com o tema “Freio Hidráulico – princípio de Pascal”. Na segunda-feira, dia 30/03, o professor Higor Conde vai ministrar sobre o “Crescimento populacional: suas consequências na pandemia”. Já na quarta-feira, dia 01/04, o professor William Campos falará sobre “Os governos militares no Brasil durante a Guerra Fria”.

Idealizador do projeto, Willian Campos garante que as características do projeto com aulas presenciais serão mantidas, tendo início nos dias 13/04 (Pré-Encceja) e 05/05 (Pré-Enem Popular). “Já que estamos nessa pandemia, a alternativa que encontramos para manter os alunos e a população como um todo em casa de forma útil, foi essa, realizando um esquenta para toda a família. Na verdade, antes da abertura oficial do projeto, pretendemos ter 10 aulas online para que as pessoas possam estar se adaptando. É importante deixarmos claro que nada vai impedir que as aulas sejam dadas”, frisou.

As inscrições para o Pré-Encceja já estão sendo realizadas e seguem até o dia 12/04 (domingo). Atualmente, já são 1352 interessados. Já as inscrições para o Pré-Enem Popular terão início no dia 01/04, no site da Prefeitura (www.marica.rj.gov.br/)