ATENÇÃO: AS MATÉRIAS POSTADAS NO CULTURARTEEN ATÉ 21 DE SETEMBRO DE 2019, PODEM SER ACESSADAS ATRAVÉS DO ENDEREÇO:
TEMPORARIAMENTE ESTAREMOS CIRCULANDO APENAS NA VERSÃO ON LINE E NA REVISTA ELETRÔNICA.


 

terça-feira, 21 de abril de 2015

Menina é estuprada por dez e engravida

Criança foi mantida como escrava sexual pelo Estado Islâmico


Uma menina de apenas 9 anos de idade que foi mantida como escrava sexual pelo Estado Islâmico (EI) está grávida depois de ser estuprada por dez militantes. Foi o que informaram trabalhadores de ajuda humanitária no Iraque. A menina estava entre os 227 membros da comunidade religiosa Yazidi soltos pelo EI semana passada.

O caso é tão chocante que um voluntário afirmou em uma entrevista que ela corre risco de morrer se der à luz. "Essa menina é tão jovem, tão pequena, que ela morrerá se tiver o filho. Mesmo com cesariana, é muito perigoso", alertou. Assim como ela, diversas moças retornaram grávidas. A maioria apresenta problemas de saúde e sinais de abusos.

A criança foi mantida em cativeiro junto com outras mulheres e meninas do grupo religioso, que foi capturado em junho do ano passado. Na última quarta-feira, os reféns soltos chegaram ao Curdistão. Segundo jornal britânico Mirror, milhares de meninas e mulheres foram estupradas, torturadas e forçadas ao casamento.

"Estado Islâmico" abusa de centenas de mulheres yazidis, denuncia relatório
Baseado em entrevistas com integrantes da minoria religiosa que sobreviveram à milícia islâmica, documento da Anistia Internacional diz que muitas das mulheres violentadas são menores de idade e recorrem ao suicídio.

Adicionar legenda
"Escapando do Inferno" é o nome do relatório divulgado pela Anistia Internacional nesta terça-feira (23/12), baseado em entrevistas com mulheres e meninas da minoria religiosa yazidi vítimas da milícia terrorista "Estado Islâmico" (EI).
Centenas de mulheres e meninas pertencentes à minoria religiosa foram vendidas, presenteadas, casadas à força e torturadas, estupradas e humilhadas pelo "Estado Islâmico", elucidou o relatório. "Muitas dessas mulheres yazidis, que foram mantidas presas como escravas sexuais, são meninas de 14 ou 15 anos ou até mesmo mais jovens", afirma Donatella Rovera, da Anistia Internacional.
As declarações comprovam a brutalidade com que o autoproclamado EI atua em seu território. A maioria dos agressores, diz o relatório, é formada por iraquianos ou sírios.
Diferentemente de judeus e cristãos, o "Estado Islâmico" não considera os membros da minoria yazidi como pessoas com direitos. O EI os considera adoradores do diabo, permitindo aos combatentes matá-los ou escravizá-los.
Cerca de 300 mulheres e meninas conseguiram escapar dos territórios do "Estado Islâmico" e por volta de 40 delas deram entrevistas à Anistia Internacional para o relatório.
Desespero leva ao suicídio
Segundo o documento, muitas mulheres vítimas do EI acabam recorrendo ao suicídio. Uma delas foi Jilan, que tinha 19 anos quando foi capturada pelos extremistas. Sua família soube, posteriormente, que ela havia se matado.
"Éramos 21 meninas num quarto, duas delas eram muito jovens, tinham 10 ou 12 anos de idade. Um dia, nos deram roupas que se pareciam com trajes de dança e disseram para que tomássemos banho e vestíssemos essas roupas", relatou Luna, de 20 anos.
"Jilan se suicidou no banheiro. Ela cortou os pulsos e se enforcou. Ela era linda. Acho que ela sabia que seria levada embora por um homem e, por isso, se matou", completou Luna, que conseguiu escapar. Outras descreveram açoitamentos, abusos, torturas e ameaças, como também estupros.
Algumas meninas foram presenteadas como troféus a homens que já tinham outras mulheres, inclusive a combatentes estrangeiros que se aliaram ao "Estado Islâmico". As sobreviventes contaram que algumas mulheres iraquianas, primeiras esposas dos jihadistas, mostravam simpatia com as meninas yazidis, mas eram muitas vezes impotentes para intervir. Algumas, no entanto, facilitaram a fuga delas.
Segundo a Anistia Internacional, muitas das vítimas de violência sexual não recebem o apoio de que precisam. "O preço físico e psíquico da terrível violência sexual, que as vítimas têm de pagar, é catastrófico", afirma Rovera. A representante da Anistia Internacional exige que o governo regional curdo, a ONU e outras organizações de ajuda humanitária aumentem seus esforços.