OUTUBRO ROSA - prevenção do câncer de mama de janeiro a janeiro
O câncer de mama – e o câncer de forma geral – não tem uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, alguns deles modificáveis, outros não.
O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis.
Entre outros fatores de risco não modificáveis estão o aumento da idade, a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos de idade), a menopausa tardia (última menstruação após os 55 anos), nunca ter engravidado ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos.
Já os fatores de risco modificáveis bem conhecidos até o momento estão relacionados ao estilo de vida, como o excesso de peso e a ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool. Alterá-los, portanto, diminui o risco de desenvolver a doença. No entanto, a adoção de um estilo de vida saudável nunca deve excluir as consultas periódicas ao ginecologista, que incluem a mamografia anual a partir dos 40 anos.
SINTOMAS
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:
- inchaço em parte do seio, caroço nas axilas;
- irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja;
- dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro);
- vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;
- saída de secreção (que não leite) pelo mamilo
O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas.
Infelizmente, ainda há muita desinformação no Brasil. Uma pesquisa realizada em 2008 pelo Datafolha a pedido da Femama revelou que para 82% das mulheres o autoexame é a principal forma de diagnóstico precoce. Apenas 35% apontaram a mamografia.
A incidência do câncer de mama vem crescendo no mundo todo, mas, quando se trata do número de mortes causadas pela doença, as tendências variam. Em países desenvolvidos, a mortalidade vem caindo lentamente, ao passo que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, registra-se um gradativo aumento.
Pelo menos parte dessa diferença se deve ao diagnóstico precoce, ainda precário no nosso país. Entre 1999 e 2003, quase metade dos casos de câncer de mama foram diagnosticados em estágios avançados, segundo estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Especialistas estimam que mortalidade por câncer de mama em mulheres entre 50 e 69 anos poderia ser reduzida em um terço se todas as brasileiras fossem submetidas à mamografia uma vez por ano.
DETECÇÃO PRECOCE
O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%.
Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama. Se a detecção precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em toda mulher com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente. A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos.
AUTO EXAME
Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.
DIREITO DE TODAS
O Brasil é um país de desigualdades, que são ainda mais evidentes na assistência à saúde. O acesso à mamografia é um exemplo típico, infelizmente. O número de brasileiras que realizam o exame anualmente ainda é muito baixo. As que dispõem de planos de saúde privados têm mais facilidade, mas representam uma pequena parcela da população. A grande maioria depende do Sistema Único de Saúde, em que as dificuldades são bem conhecidas, havendo muitas diferenças de região para região.
Até recentemente, o Ministério da Saúde recomendava que a mamografia anual fosse realizada em mulheres pelo SUS a partir de 50 anos. Mas esse limite de idade mudou com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, garantindo o benefício a partir dos 40 anos.
A Lei Federal nº 11.664/2008 foi uma conquista da Femama e representa um grande avanço na luta contra do câncer de mama. No entanto, ela precisa ser colocada em prática de norte a sul do País.
SELO DE QUALIDADE
Outro problema que prejudica a detecção precoce do câncer de mama é a má qualidade das mamografias feitas no País. Numa pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), 77% dos exames foram rejeitados por problemas técnicos relacionados à qualidade da imagem, ao posicionamento incorreto das pacientes e ao uso inadequado dos equipamentos. O resultado é, além de tumores que passam despercebidos e de biópsias desnecessárias, o grande número de mamografias que precisam ser refeitas.
Para combater o problema, o Colégio Brasileiro de Radiologia, em parceria com o Inca e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), criou, em 2005, um programa de certificação de mamógrafos, que conta com o apoio da Femama e do Instituto Avon.
Os mamógrafos certificados contam com um selo de qualidade, mas eles ainda são minoria. Até o fim de 2010 eram pouco mais de 600, de um total de cerca de 3,2 mil em todo o País. É importante que tantos os médicos quanto as pacientes procurem saber se os mamógra-fos dos serviços utilizados têm o selo de qualidade.
MARTHA CRISTINA APOIA E ABRAÇA CAMPANHA DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE MAMA
Me chamo Martha Cristina Carvalho. Tenho 32 anos. Sou nascida e criada em Maricá, fui morar um tempo no Rio mas voltei para minha terra querida. Dessa cidade maravilhosa não saio mais, porque amo essa cidade linda.
Terminei o ensino médio. Estou solteira e tenho 3 filhos (15, 12 e 8 anos), sendo que dois moram comigo. Hoje, trabalho no hospital Conde Modesto Leal, sou recepcionista e adoro o meu trabalho.
Tenho um pequeno empreendimento: faço saladas fitness para vender e vou te falar "vendo muito é uma coisa saudável e todo mundo ama, sou bastante conhecida em Maricá por conta das minha saladas que são sucesso".
Amo cuidar do meu corpo! Faço exames frequentemente, e depois de tantas coisas que vejo aonde eu trabalho, tive mais vontade ainda de me cuidar. Nós levamos uma beliscada para acordar para vida e temos que pôr a saúde em primeiro lugar, em se cuidar, ser vaidosa, se amar mais e saber que cada dia é melhor do que o outro.
Por esses motivos, assim que fui convidada pelo jornalista e produtor Pery Salgado para ser uma das modelos da exposição fotográfica sobre a prevenção ao câncer de mama, não pensei duas vezes. Aceitei logo. Fizemos fotos lindas e agradeço muito a ele pela oportunidade, não só de estar particopando desta linda e esclarecedora campanha e exposição, mas como pelo fato de acreditar em mim e poder abrir espaço para eu ser uma nova modelo da PR Produções.
Começei fazer o exame de mamografia, fiz a primeira vez agora, tenho que fazer a segunda vez pra está sempre atualizada nas coisas que acontece no meu corpo, mas faço praticamente todos os dias o auto exame e vou duas vezes por ano ao ginecologista e faço meu preventivo uma vez por ano. Sou linda, me amo, por isso me cuido. Façam os mesmo meninas!
Confira todas as fotos do ensaio acessando:
https://www.facebook.com/BARAODEINOHAN/media_set?set=a.721833428286184&type=3