A disfunção erétil, ou impotência sexual, é a incapacidade ou dificuldade em ter ou manter uma ereção do órgão genital masculino que permita um contato íntimo. O problema é mais comum nos homens entre 50 e 80 anos, e, além de prejudicar a saúde sexual, acaba por influenciar também na saúde mental, podendo resultar em problemas psicológicos.
“O problema pode ter inúmeras causas fisiológicas. Além de fatores consagrados por trazerem grandes prejuízos para a vida do homem, como estresse, dieta não balanceada e sedentarismo, doenças comuns como hipertensão arterial e diabetes também respondem por boa parte dos casos. Na prática do consultório, nos deparamos com inúmeros casos de falta de irrigação sanguínea para o pênis e diminuição de hormônios responsáveis pela rigidez peniana”, afirma o médico Ricardo Caniato, responsável pela Dr. Formen no Brasil.
O tratamento pode ser feito de diferentes formas, dependendo da causa. Pode ser feito através de remédios, terapia de reposição com hormônios, até cirurgia para implantação de próteses.
“Os tratamentos se baseiam na causa do problema e no tratamento das condições associadas à disfunção. Para exemplificar: se o paciente tem um problema vascular, de circulação de sangue no pênis, decorrente do diabetes descompensado, o tratamento deve melhorar esta circulação e também controlar o diabetes. Já se o problema se deve à diminuição de produção de determinado hormônio, devemos aumentar os níveis de tal hormônio combatendo também o que possa estar causando tal diminuição”, aponta o médico, que ressalta também que, apesar de após os 40 anos os casos serem mais comumente diagnosticados, a dificuldade de ereção pode ser encontrada em qualquer faixa etária, inclusive em jovens com menos de 25 anos.
Além do tratamento variar de acordo com a causa, varia também com a gravidade do problema.
“De acordo com o grau da disfunção, lançamos mão do tratamento mais adequado, levando em consideração todos os outros aspectos como causa da disfunção, comorbidades (as doenças associadas), bem como idade, fatores de risco, uso de determinados medicamentos, nível de tolerância e adaptação ao método a ser recomendado. Hoje existem desde uso de medicações vasodilatadoras, como o viagra, até injeções realizadas no pênis com bons resultados. Existem também os inovadores tratamentos por emissão de ondas de choque e as antigas cirurgias de prótese peniana, todos convivendo em harmonia nas mãos do médico e na realidade de cada paciente”, completa Ricardo.
Por influenciar na saúde mental, o tratamento para a disfunção requer também um acompanhamento psicológico.
“Os principais tratamentos são acompanhamento psicológico, controle da hipertensão e diabetes, atividade física, controle do colesterol e, sobretudo, com o uso de medicações vasodilatadoras por via oral (inibidores da enzima 5 fosfodiesterase) como o sildenafil e a tadalafila”, ressalta o médico urologista Felipe Lott.
Além disso, o psicológico do homem também pode influenciar no surgimento da impotência, conforme explica o urologista André Cavalcantti.
“Causas psicológicas são comuns em pacientes mais novos, que muitas vezes tiveram um início mais traumático em sua vida sexual. Em pacientes mais velhos, pensamos mais em causas orgânicas como diabetes, tratamentos para o câncer de próstata, hipertensão arterial, traumas, obesidades. A disfunção erétil frequentemente pode ser uma repercussão de um problema sistêmico, como a aterosclerose também”, aponta o médico.