O câncer de mama – e o câncer de forma geral – não tem uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, alguns deles modificáveis, outros não.
O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis.
Entre outros fatores de risco não modificáveis estão o aumento da idade, a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos de idade), a menopausa tardia (última menstruação após os 55 anos), nunca ter engravidado ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos.
Já os fatores de risco modificáveis bem conhecidos até o momento estão relacionados ao estilo de vida, como o excesso de peso e a ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool. Alterá-los, portanto, diminui o risco de desenvolver a doença. No entanto, a adoção de um estilo de vida saudável nunca deve excluir as consultas periódicas ao ginecologista, que incluem a mamografia anual a partir dos 40 anos.
SINTOMAS
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:
- inchaço em parte do seio, caroço nas axilas;
- irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja;
- dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro);
- vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;
- saída de secreção (que não leite) pelo mamilo
O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas.
Infelizmente, ainda há muita desinformação no Brasil. Uma pesquisa realizada em 2008 pelo Datafolha a pedido da Femama revelou que para 82% das mulheres o autoexame é a principal forma de diagnóstico precoce. Apenas 35% apontaram a mamografia.
A incidência do câncer de mama vem crescendo no mundo todo, mas, quando se trata do número de mortes causadas pela doença, as tendências variam. Em países desenvolvidos, a mortalidade vem caindo lentamente, ao passo que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, registra-se um gradativo aumento.
Pelo menos parte dessa diferença se deve ao diagnóstico precoce, ainda precário no nosso país. Entre 1999 e 2003, quase metade dos casos de câncer de mama foram diagnosticados em estágios avançados, segundo estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Especialistas estimam que mortalidade por câncer de mama em mulheres entre 50 e 69 anos poderia ser reduzida em um terço se todas as brasileiras fossem submetidas à mamografia uma vez por ano.
DETECÇÃO PRECOCE
O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%.
Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama. Se a detecção precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em toda mulher com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente. A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos.
AUTO EXAME
Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.
DIREITO DE TODAS
O Brasil é um país de desigualdades, que são ainda mais evidentes na assistência à saúde. O acesso à mamografia é um exemplo típico, infelizmente. O número de brasileiras que realizam o exame anualmente ainda é muito baixo. As que dispõem de planos de saúde privados têm mais facilidade, mas representam uma pequena parcela da população. A grande maioria depende do Sistema Único de Saúde, em que as dificuldades são bem conhecidas, havendo muitas diferenças de região para região.
Até recentemente, o Ministério da Saúde recomendava que a mamografia anual fosse realizada em mulheres pelo SUS a partir de 50 anos. Mas esse limite de idade mudou com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, garantindo o benefício a partir dos 40 anos.
A Lei Federal nº 11.664/2008 foi uma conquista da Femama e representa um grande avanço na luta contra do câncer de mama. No entanto, ela precisa ser colocada em prática de norte a sul do País.
SELO DE QUALIDADE
Outro problema que prejudica a detecção precoce do câncer de mama é a má qualidade das mamografias feitas no País. Numa pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), 77% dos exames foram rejeitados por problemas técnicos relacionados à qualidade da imagem, ao posicionamento incorreto das pacientes e ao uso inadequado dos equipamentos. O resultado é, além de tumores que passam despercebidos e de biópsias desnecessárias, o grande número de mamografias que precisam ser refeitas.
Para combater o problema, o Colégio Brasileiro de Radiologia, em parceria com o Inca e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), criou, em 2005, um programa de certificação de mamógrafos, que conta com o apoio da Femama e do Instituto Avon.
Os mamógrafos certificados contam com um selo de qualidade, mas eles ainda são minoria. Até o fim de 2010 eram pouco mais de 600, de um total de cerca de 3,2 mil em todo o País. É importante que tantos os médicos quanto as pacientes procurem saber se os mamógra-fos dos serviços utilizados têm o selo de qualidade.
ROSE NUNES, TOP MODEL ABRAÇA CAMPANHA DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE MAMA
O nome dela é Rose Nunes (32), mineira de Novo Cruzeiro, está em Cerquilho (SP) desde os seus 18 anos, quando decolou como Modelo, Musa, Atriz, Empresária e Promotora de Eventos. Mãe de uma linda filha, hoje com 7 anos, tem uma genética perfeita e não pratica esportes, embora tenha um corpo desenhado.
Quando criança sempre sonhou com moda, em ser modelo e principalmente fotografar - sua paixão: "a fotografia é uma luz na minha vida!", confirma para a reportagem do CulturarTEEN.
Hoje com seu esforço e dedicação, conquistou já vários títulos de Miss, Musa, Garota Propaganda de lojas dentre outros. São seis títulos ao todo. "Sempre ajudo as minhas amigas e ensino elas, principalmente orientando e mostrando o caminho certo. Hoje eu trabalho com divulgações. e publicações, gravo vários programas no SBT e estou sonhando em alcançar meus sonhos sempre" conta Rose.
Realizou desfiles em Cerquilho, conquistou o Miss Beleza Brasileira Regional de Cerquilho (SP). "Gratidão por tudo que consegui em minha vida. Com honestidade sem passar por cima de ninguém, gratidão por já ter ido tão longe, e peço a Deus que eu nunca pare. Estou sempre aqui representando minha cidade e apesar de ser mineira, me orgulho de representar meu estado de São Paulo, que tão bem me acolheu e me ajudou a ser quem eu sou, além é claro da minha querida terra em Minas Gerais. E principalmente chegar a alcançar muitas coisas boas em minha vida e na minha carreira profissional", agradece Rose.
Quero agradecer a minha fotógrafa Cris Aroldo, minh maquiadora top Adrieli Prado, ao meu cirurgião plástico André Lopes pelo lindo trabalho que tem feito comigo, e ao jornalista e produtor Pery Salgado, por acreditar em mim e me proporcionar a oportunidade de participar desta maravilhosa exposição fotográfica de conscientização da prevenção do câncer de mama.
ROSE NUNES FALA SOBRE A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA
A modelo, Musa e Miss Rose Nunes, em julho de 2019, colocou 300 ml de silicone nos seios. O eram lindos, ficaram perfeitos. Rose, devido a intervenção, mesmo com 32 anos, precisou fazer mamografia, e estava tudo bem e a operação foi um sucesso.
Mas ela afirma que faz exame de toque todos os dias no banho e vai ao ginecologista uma vez ao ano.
"Prevenção é uma forma de se amar, de se cuidar", concluiu Rose Nunes.
Saiba mais sobre a relação entre o silicone e o câncer de mama
O uso de silicone vem sendo cada vez mais popular: hoje em dia, a procura em consultórios de cirurgia plástica é, em grande parte, conduzida por essa demanda. Em contrapartida, os esforços para a prevenção e o tratamento do câncer de mama têm tomado relevância nacional. Vista a magnitude dos dois temas, vale perguntar: quais são as relações entre silicone e câncer de mama?
As perguntas são várias a esse respeito: ele influencia no surgimento no câncer de mama? Quem já tem silicone deve tomar algum cuidado especial? Quais são os riscos e benefícios do implante? As respostas podem fazer a diferença na decisão de colocar um silicone ou não; por isso, é importante se manter em constante atualização.
No artigo de hoje, falaremos sobre a relação entre silicone e câncer de mama. Responderemos as questões abordadas acima e daremos algumas dicas práticas para quem já usa silicone. Também falaremos sobre as melhores maneiras de tirar essa e outras dúvidas no tratamento do câncer. Vamos lá?
O implante de silicone contribui para o aumento das chances de câncer?
Os riscos clássicos do implante de silicone são bem difundidos: a cirurgia pode causar, por exemplo, cicatrizes e infecções que pioram o aspecto estético no pós-operatório. Recentemente, no entanto, a comunidade acadêmica começou a se preocupar com a relação entre silicone e câncer de mama. O linfoma anaplásico de grandes células, associado ao implante mamário (BIA-ALCL) é um tipo de câncer relacionado ao silicone. Como o próprio nome sugere, ele é diretamente afetado pelo implante mamário: mulheres que não realizaram o procedimento dificilmente o desenvolverão.
As boas notícias são que o BIA-ALCL é muito raro, se comparado com outros tipos de tumor. Seu tratamento também é relativamente simples, embora uma detecção precoce aumente as chances de sobrevida. Ele está mais relacionado a superfícies texturizadas do implante, mas não se comporta diferentemente em relação ao material dele. Os sintomas do BIA-ALCL são os mesmos de outros tipos de câncer de mama: geralmente ele se apresenta como um inchaço persistente ou dor na região da mama. Sua localização é próxima ao implante, sendo ele muitas vezes percebido como um nódulo aderido ao silicone.
O uso de silicone impede que a pessoa faça o autoexame?
A resposta é não. O autoexame pode e deve ser realizado periodicamente por todas as mulheres, de forma cuidadosa. A pressão realizada pelos dedos dificilmente romperá o material do silicone ou o deslocará. Os benefícios do autoexame superam enormemente quaisquer riscos que ele possa oferecer. Com o uso de silicone, no entanto, o autoexame pode ficar prejudicado. Isso ocorre porque o material tem consistência mais firme, podendo falsear a percepção de nódulos que ficam atrás dele. Deste modo, lesões flagradas no autoexame sem o implante podem passar despercebidas nas mulheres que o utilizam.
Como a detecção precoce do câncer de mama é primordial para o seu prognóstico, essa é uma informação importante ao se optar pelo implante. Nesses casos, a mamografia pode ser uma opção: ela também visualizará os nódulos imperceptíveis ao autoexame; no entanto, mesmo o exame pode ficar prejudicado com o uso de silicone, que empurra o tecido da mama e dificulta a visualização de lesões.
A pessoa com silicone precisa de cuidados específicos?
A avaliação realizada em pessoas com silicone segue o mesmo ritmo das outras mulheres: o Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia a partir dos 40 anos uma vez a cada dois anos; a partir dos 60 anos, ela deve ser realizada todos os anos. A consulta com o ginecologista, com exame preventivo, deve ser realizada anualmente mesmo em mulheres mais novas.
Após o implante de silicone, o ginecologista ou cirurgião plástico pode solicitar consultas rotineiras de pós-operatório. Nessas consultas, ele analisará se o implante apresenta alguma alteração. Juntamente com a ginecologia de rotina, essas consultas após a operação são a melhor estratégia de prevenção de efeitos adversos.
Além dessas consultas, o autoexame também deve ser mais cuidadoso nessas pacientes. Como mencionamos, o uso de silicone pode falsear alguns resultados desse método; por isso, uma inspeção mais aprofundada pode evidenciar tumores que, de outras formas, não seriam sentidos. A avaliação profissional, no entanto, não é muito afetada pelo uso de silicone. Os profissionais com treinamento no rastreio de câncer de mama são capacitados para essa inspeção e têm técnicas de diagnóstico mais precisas.
O tratamento de quem tem silicone é diferenciado?
O tratamento do câncer de mama passa por várias etapas e tem várias peculiaridades: hoje, já é possível realizar exames histológicos que afirmam especificamente se a doença responde a diferentes modalidades de terapia. Exames genéticos podem ser realizados antes mesmo do desenvolvimento do câncer, possibilitando uma prevenção mais efetiva.
Através dos métodos mais modernos de diagnóstico e tratamento, a conduta é cada vez mais individualizada. Isso significa que é necessário avaliar caso a caso para definir se algo diferente deve ser realizado. No caso de quem tem silicone, por exemplo, o implante pode ser foco de uma inflamação que piora o quadro do câncer. Nesses casos, pode-se optar pela retirada do implante durante o tratamento para torná-lo mais eficaz.
Outros tipos de câncer de mama, como o adenocarcinoma, dificilmente têm relação com o implante de silicone. Nesses casos, não faz muita diferença mantê-lo ou não: o tumor pode responder bem a outras modalidades de tratamento, como a hormonioterapia. Além disso, a invasão local e de outras estruturas também faz diferença para o tratamento. Cirurgias podem ser mais ou menos extensivas conforme o estadiamento do tumor.
A interação entre silicone e câncer de mama já foi alvo de controvérsias, mesmo no meio acadêmico. Hoje, temos uma visão um pouco mais esclarecida sobre essa relação: o uso de silicone aumenta as chances de um tipo específico de tumor, mas que ainda é muito raro. O implante pode dificultar o autoexame e trazer novos desafios ao diagnóstico. É importante, portanto, sempre comparecer às consultas de rotina da ginecologia.
Confira as fotos de Rose, acessando: