Câncer de mama: diagnóstico é feito mais facilmente em seios pequenos
Quando avaliamos exclusivamente o risco de desenvolver câncer de mama relacionando ao tamanho do seio, não existem resultados conclusivos na literatura médica - alguns estudos sugerem um aumento das chances, outros não.
Fato é que, em geral, mulheres com seios de grande volume tem obesidade, e essa doença é bastante relacionada ao aumento do risco de desenvolver câncer de mama. Isso que dizer que mulheres acima do peso tem um risco maior de desenvolver câncer de mama que mulheres dentro do peso ideal. Assim como pacientes que já tiveram câncer de mama e sofrem com obesidade tem maior risco de retorno da doença e maior risco de morte por câncer de mama.
Outro fator relacionado com as mamas de grande volume é o fato delas dificultarem o exame mamário, ou seja, é mais difícil para as pacientes e também para os médicos perceberem nódulos em meio a mamas volumosas.
As chances de o tumor invadir estruturas adjacentes, como músculo peitoral (o músculo que esta a abaixo da mama) bem como a pele, é maior nas mamas pequenas
O risco do câncer de mama invadir outros órgãos como pulmão, pleura, fígado e ossos, que é o que chamamos de metástase, não tem relação com o tamanho da mama e sim com o tamanho do tumor e suas características biológicas.
No entanto, as chances de o tumor invadir estruturas adjacentes, como músculo peitoral (o músculo que esta a abaixo da mama) bem como a pele, é maior nas mamas pequenas - e isso é bem mais evidentes no câncer de mama masculino, no qual o volume de glândula mamária do homem é muito pequeno.
Retirada do tumor é diferente
Aqui temos dois aspectos: a retirada do tumor com margens de segurança amplas é mais factível em mamas grandes, ou seja, quanto maior o tamanho da mama mais fácil será retirar o tumor com margens de segurança e ainda ficar com um resultado estético satisfatório.
Na face oposta, mesmo tumores pequenos em mamas pequenas podem ser muito trabalhoso para o cirurgião, pois retiradas de pequeno volume em mamas pequenas podem resultar em um defeito muito evidente, deixando o resultado estético pouco satisfatório.
Devo me preocupar?
Em resumo, baseado no que foi explicado a cima, a questão mais importante é a relação mama/tumor, ou seja, a proporcionalidade do tamanho do tumor em relação ao tamanho da mama. Em mamas grandes até mesmo a presença de tumores de grandes proporções podem permitir a remoção parcial da mama (cirurgia conservadora) com bons resultados, já, em mamas pequenas até mesmo tumores pequenos podem pedir uma mastectomia. Essa indicação em relação ao tipo de cirurgia é extremamente personalizada e depende da avalição do médico e discussão com a pacientes.
A outra questão é que nas mulheres com mamas grandes podem ser necessárias cirurgias de redução mamária em conjunto com a cirurgia oncológica, permitindo o tratamento oncológico e funcional da mama. Nestes casos a cirurgia vai envolver a mama acometida por câncer e a mama saudável, a fim de deixar as duas mais equilibradas em relação a forma e tamanho. Esse tipo de procedimento, conhecido como cirurgia oncoplástica da mama, é cada vez mais executado pelos cirurgiões oncológicos e mastologistas em todo o mundo.
No geral, se a paciente se submete a cirurgia clássica a recuperação será semelhante independente do tamanho da mama. No entanto, se a cirurgia contemplou a redução das duas mamas, o período para completa recuperação é maior e há maiores riscos de complicações como necrose de pele e abertura dos pontos.
A redução da mama facilita inclusive o tratamento com radioterapia, minimizando as complicações da radioterapia que chamamos de radiodermite. As mamas grandes têm maior probabilidade de sofrerem de radiodermite que as pequenas, principalmente nas regiões de dobra da mama (sulco inframamário).
NEIA TAVARES NA CAMPANHA DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE MAMA
Neia Tavares (39), nascida e criada em Duque de Caxias, mãe de dois filhos, hoje divorciada. Filha caçula de uma mãe guerreira (D. Nilza Tavares – 80) que sempre foi pai e mãe, irmã de cinco irmãos. Mora há quase 4 anos na cidade de Maricá, mas conhece a cidade há 13 anos e se apaixonou.
“Amo o samba, aprendi a sambar em cima dos pés do meu pai (falecido). Sou passista da União de Maricá, passista e diretora das passista na Acadêmicos de Araçatiba e fui coroada como Madrinha da Bateria pela escola de samba Herdeiros de Maricá pela diretoria e por uma grande amiga (minha inspiração de sambista) Aretuza (ex rainha da escola), umas das amizades que eu fiz na cidade de Maricá” disse Néia que continuou “E não poderia deixar de falar também de um grande amigo que com sua humildade e enorme carinho por mim, sempre me apresentou e me deixou conhecida em seus eventos: meu ídolo Rafael Caçula”.
Mas sua vida não foi fácil e infelizmente passou pela lei Maria da Penha e graças a Deus, a sua família e aos amigos não foi mais uma na estatística como feminicídio. Foi no fundo do poço, mas superou e recomeçou a se reerguer.
Trabalhou por dois anos numa rádio web de Niterói na função de repórter: “Um grande amigo acreditou em mim (Ronaldo Texeiro ) e trouxe esse trabalho para o carnaval de Maricá onde mostrei todo meu potencial”, explicou.
“Hoje com quase 40 anos posso dizer que graças a Deus e verdadeiras pessoas do bem aqui estou superando e recomeçando todos os dias que tenho de vida e na cidade que eu escolhi para viver. Agradeço meu amigo Caçula, à comunidade do samba de Maricá e agora, ao produtor Pery Salgado, pelas novas oportunidades que está me proporcionando”, concluiu Néia, que fez seu primeiro ensaio fotográfico pelas lentes do produtor, participando da exposição fotográfica sobre a prevenção ao câncer de mama.
Confira as fotos do ensaio pelas lentes de Pery Salgado, acessando:
https://www.facebook.com/BARAODEINOHAN/media_set?set=a.722274428242084&type=3