Por Brad Montana
No inicio de outubro eu recebi uma notícia que me deixou chocado: a morte da minha amiga e atriz Yasmin Vianna. Como alguns devem saber, éramos grandes amigos, parceiros. Nos últimos cinco anos colaboramos um com o outro. Ela me ajudou a dar o start na BM Vídeo, gravando vídeos amadores comigo e divulgando o meu nome. Eu a ajudei com as redes sociais, blog, etc. Mas nossa amizade não se restringia a trabalho. Conversei muito com ela e sempre tentei fazê-la ver as coisas de forma positiva e motivar-se mesmo quando, aparentemente, não havia motivo. Ela me dizia que eu era um exemplo de bom homem e perseverança; e que se espelhava nisso para seguir a jornada (nesse mercado que as vezes impacta em nossas vidas pessoais). É com muita emoção e tristeza que me recordo dessas palavras. Ditas, as vezes, numa ligação as 4 horas da manhã, quando ela queria e precisava desabafar ou conversar com alguém, e confiava esse “dever” a mim.
Eu recebi a notícia de sua morte no último dia 15, através do viúvo. Ela faleceu em 11 de agosto, decorrência de uma parada cardiorrespiratória. Posso aqui afirmar que Yasmin era uma pessoa saudável. Não manchem a imagem dela com especulações tolas e infundadas. A minha amiga tinha obsessão por treinos e nessa busca desenfreada por um corpo sarado fez uso de substâncias que quem treina conhece muito bem. Talvez, por se tratar de uma pessoa jovem, tenham sido essas substâncias que tenham acarretado uma morte repentina e prematura (fica o alerta!). Por razões particulares a família preferiu não entrar em contato com ninguém da indústria pornô até semana passada. O que me deixou mais triste ainda, pois não pude dar o meu adeus a minha amiga.
Lembro-me de ter falado com ela dias antes de sua morte. Eu estava me preparando pra viajar para a cerimônia do Prêmio Sexy Hot. Fiquei de trabalhar com ela quando voltasse. Combinamos de fazer duas grandes cenas, com o objetivo de concorrer na premiação de 2016. Há duas semanas eu tentava contato com ela, todos os números desligados, inclusive o residencial. Até que na manhã do dia 15 de setembro recebi a fatídica notícia. Perdão, amiga! Fico em dívida por não ter dado a você o prêmio que gostaria. Jamais imaginei sua partida de forma tão precoce. E isso me lembra canções que dizem que não devemos deixar as coisas pra amanhã, porque o que temos é o hoje, o amanhã pode não existir. E obviamente eu não falo aqui apenas de questões profissionais. Peço a Deus que a ilumine; e fico, de alguma forma, um pouco feliz que eu tenha levado palavras de conforto e humanidade pra você durante o tempo que convivemos.
Yasmin Vianna começou a sua carreira no ano de 2004. Trabalhou para as principais produtoras do Brasil e, inclusive, fez cenas para o exterior. Mas foi nas Panteras, do amigo e diretor Richard de Castro, que ela se sentiu em casa. As Panteras foi a produtora que fez o nome Yasmin Vianna e ela era muito feliz e agradecida por isso.
Não pensem que esse post é um ato de oportunismo ou consideração tardia. Porque, inclusive, na semana retrasada (ainda sem saber de sua morte) fiz uma promoção em minha Fan Page onde ela era protagonista. Ou seja, Yasmin Vianna sempre teve de mim respeito, consideração e, acima de tudo, AMIZADE. Por isso esse TRIBUTO!