A partir de hoje, o CULTURARTEEN estará recebendo VIVIAN DE OLIVEIRA (33), modelo e maquiadora plus size, que estará por aqui falando sobre diversos assuntos do belíssimo universo PLUS SIZE.
Estudante de jornalismo pela Estácio de Sá (Campus Tom Jobim), Vivian está no 5º período e faz sua estréia como colunista. Já no universo plus size, participa como modelo há 2 anos. Carioca, casada e mamãe, Vivian trará para nossos leitores, em especial nossas leitoras "mais cheias de charme" excelentes dicas e informações que tornarão nossos dias cada vez melhores.
Sejam bem vindos a coluna ...
EU, GORDINHA!
Vivian de Oliveira |
TER OU NÃO TER: EIS A QUESTÃO?
Essa frase lembra HAMLET (Ser ou não
ser: Eis a questão?), porém retrata bem o universo plus size ou pelo menos uma
grande parcela dele. Estamos em um excelente momento, onde a nossa sociedade
começa a olhar para nós “gordinhas” de uma forma inovadora, digo diferente.
Passamos a ser referência através de
nossas curvas volumosas, saímos da nossa zona de conforto e sedentarismo, para
os tablóides, revistas, rádios e televisões nacionais e internacionais.
Quer saber o porquê da minha frase:
Ter ou não ter eis a questão?
Porque ser gordinha tem lá suas
cobranças ou você pensa que basta estar acima do peso e pronto, podemos
fotografar e desfilar pelas passarelas de moda? Nada disso!
O mundo da moda plus nos exige
padrões de manequins e por isso temos que viver lutando contra a temida
balança, para entrar nos tamanhos 44/46 extrapolando 48. E ai vem minha
pergunta ter ou não ter esses quilinhos extras?
Temos que admitir que o verbo
EMAGRECER sempre será, muito bem
conjugado em nossas mentes ‘gordas’ e vestir esse manequim 44 é um sonho de
muitas que assim como eu, usam o tamanho 50 e até mesmo das que vestem 46 e 48,
pois toda mulher sempre tem uma numeração e/ou quilo extra à diminuir.
Será que ser plus size e ter quilos
a mais para o mercado da moda plus é sim um bom negócio?
Subentende-se que a moda plus surgiu
para dar as mulheres volumosas e curvilíneas, a oportunidade de vestir-se bem e
dentro das tendências de cada estação. E se a moda é para as “GORDAS” por que
ainda sim é exigido um padrão?
Ao longo desses 02 anos, conhecendo
esse mundo, me deparei com mulheres de todos os tamanhos, silhuetas, formas e
sem contar idades que variam entre 18
até 60 anos bem vividos, e vejo em cada uma, em cada olhar, o desejo de
“FLUTUAR” (não que seja o caso), sob as passarelas de moda e ter como mérito o
titulo de MODELO PLUS SIZE, sim porque esse foi o sentimento mais aguçado desde
que surgiu esse tipo de moda.
Que os holofotes sejam para todas, do
44 ao 54, pois cada uma irá atingir um grupo diferenciado de mulheres.
Ser plus é ser de verdade, é assumir
que somos “GORDINHAS” mas que temos formas e que não somos escravas dessa
indústria da moda que mesmo vendo nosso sucesso, se negam a admitir que
rendemos lucros e esses sim, bem significativos...
Um beijo para todas e sejam bem
vindas à coluna “EU, GORDINHA!”