ATENÇÃO: AS MATÉRIAS POSTADAS NO CULTURARTEEN ATÉ 21 DE SETEMBRO DE 2019, PODEM SER ACESSADAS ATRAVÉS DO ENDEREÇO:
EM RESPEITO E CUIDADO AOS NOSSOS LEITORES, PARA EVITAR O MANUSEIO EXCESSIVO DA VERSÃO IMPRESSA DO INFORMATIVO CULTURARTEEN, TEMPORARIAMENTE ESTAREMOS CIRCULANDO APENAS NA VERSÃO ON LINE E NA REVISTA ELETRÔNICA.

domingo, 23 de março de 2014

SEXO: O QUE DEVE ROLAR ENTRE QUATRO PAREDES

Etiqueta do sexo: o que pode e o que não é legal na hora H?

Dentro de quatro paredes vale tudo ou quase tudo! Essa é uma frase que todo mundo já ouviu! Mas, afinal, o que pode ou não pode na hora 'h'? Para tirar todas as suas dúvidas e dar umas aulinhas de etiqueta, 'na cama', convocamos um time de experts em sensualidade para ajudar com dicas práticas que podem transformar a sua noite em algo muito mais prazeroso. Para começar deixe de lado o termo "não pode" e troque-o por "o que não é legal". Afinal, você pode tudo entre quatro paredes, basta que seja uma vontade mútua para ele e para ela!
"A primeira sugestão é ser uma pessoa carinhosa e educada. Fale com seu parceiro da mesma forma como gostaria que ele falasse com você. Além disso, jamais queira fazer algo inédito sem ter testado antes. Isso pode gerar desconforto e até mesmo dor", recomenda Karina Brum, personal sexy da Labareda Boutique.
Outra coisa que deve ser evitada é o exagero na quantidade do álcool. "Para ser sexy você não precisa beber exageradamente. Especialmente no caso da mulher, pois geralmente ela não consegue mediar atos e atitudes. A dica é tomar uma taça de champanhe ou vinho. Mais do que isso é estupidez", explica Karina.
Você é daqueles que atende o celular ou lê mensagens bem no meio da transa? A mesma coisa vale se estiver prestando atenção a algo na TV enquanto a coisa está no "pique". A Sex Personal Trainer e professora de sensualidade, Rita Ma Rostirolla, explica que, por mais que uma mulher consiga fazer duas coisas ou mais ao mesmo tempo, não é legal transar e fazer qualquer outra coisa junto. "Para um homem é o mesmo que ela estar fazendo ponto cruz enquanto transam", comenta Rita.
Segundo a professora de etiqueta Célia Leão, autora do livro "Etiqueta da Sedução", qualquer roupa é roupa e a sedução no motel começa justamente quando você começa a tirá-la. "Não existe nenhuma vestimenta especial. Minha observação é o cuidado especial com os acessórios das partes íntimas, como a lingerie e a cueca. Quem cria o clima, na verdade, é o casal", opina a consultora.

O que não pode entre quatro paredes são as mágoas da relação na opinião de Regina Racco, colunista de amor e sexo do Tempo de Mulher. Deixe as pequenas 'rusgas' para resolver depois ou acabe com elas antes. "O quarto é lugar de descanso e romance, o resto deixa para lá", opina Regina, autora de "O livro de Ouro do Pompoarismo", "A Conquista do Prazer masculino", "Pirulito e Outras Delícias" e "Sexo para mestres na arte da sedução".
Outra dica de Regina, que trabalha como professora de Ginástica Íntima em diversos cursos pelo país, no caso das mulheres, o que não pode são lingeries velhas. Já para eles, não pode ir para o sexo sem aquele cheiro gostoso. "Mulheres, vocês são lindas e gostosas demais para usar qualquer coisa. Não precisa ser nada caro, mas em bom estado, é claro. Não pode desmazelo, viu homens? Mulher adora homem cheiroso, gostoso e de banho tomado", afirma Regina.
Para Andreia Berté, educadora sexual e especialista em criatividade sexual, o que não pode na cama é tocar em assuntos do passado fazendo comparações ou citando fantasias realizadas com outros parceiros. "Na cama não há passado ou futuro e muito menos outras pessoas. É claro, a não ser que os dois tenham topado convidar mais alguém para a relação", diz.
E filmar a relação íntima vale? Não é prejudicial se ambos concordam. "Sempre antes de fazer essas coisas mais ousadas é bom fazer aquela reflexão: e se um dia a relação acabar vou me arrepender? Se, ao nos fazermos essa pergunta a resposta for sim, a ideia de filmar momentos íntimos deve ser evitada", opina Célia Leão.


ESPECIALISTAS DÃO DICAS SOBRE SEXO ANAL


Objeto de desejo de muitos homens e algumas mulheres, o sexo anal ainda é considerado um tabu. Há mulheres que curtem a prática sexual e há aquelas que, por medo ou desconhecimento sobre essa 'modalidade sexual', evitam o assunto. No entanto, segundo pesquisa Datafolha de 2010, 57% das brasileiras afirmaram que praticam o sexo anal. Por outro lado, 43% disseram que não praticam ou omitiram a resposta.
Para alguns famosos, o assunto já é tratado com naturalidade. A apresentadora Fernanda Lima, em entrevista à revista 'GQ' de outubro de 2011, afirmou que 'não entendo porque tanta polêmica [sobre sexo anal]'. Já a ex-panicat Nicole Bahls contou, em entrevista ao site EGO, que foi traída porque não gosta da prática. Por sua vez, a funqueira Valesca Popozuda saiu em defesa da prática. 'Amo fazer sexo anal e tenho muito prazer. Mas faço quando me identifico com o parceiro', disse ao site.
Mas por que o preconceito sobre sexo anal ainda persiste? Na opinião da sexóloga e personal trainer, Karina Brum, a desinformação e mesmo a formação religiosa rígida podem impedir a prática. 'Muitas religiões pregam que sentir vontade ou fazer o sexo anal é coisa impura. E como as pessoas não procuram se informar, preferem não experimentar', explica Karina.
Outra razão para os casais evitarem a prática da relação anal é a falta de comunicação sexual que existe, muitas vezes, no relacionamento, como aponta a professora de ginástica íntima, Regina Racco. 'Muitas pessoas, tanto homens como mulheres, podem ter fantasias secretas envolvendo o sexo anal. Mas eles se sentem incapazes de discuti-las com seu parceiro e, neste caso, o ato de calar gera insatisfação ou frustração', analisa Regina.
Nesse vazio de diálogo, outro grande problema é forçar o outro a aceitar essa modalidade sexual. 'Alguns podem pressionar o parceiro a fazer sexo anal, mesmo este não querendo. Outro erro. Nenhuma forma de prazer deve ser conquistada sob o medo ou a mágoa do outro', diz Regina, que é colunista de Amor e Sexo do Tempo de Mulher.
Segundo o urologista, terapeuta e educador sexual, Celso Marzano, autor do livro 'O prazer secreto – sexo anal: como praticar, curiosidades, perguntas e respostas' (Editora Éden), o sexo anal é uma variação e deve envolver pessoas que buscam o prazer. No entanto, ele explica que na nossa cultura - que fala muito pouco sobre sexualidade -  não há oportunidade de acesso a informações para aqueles que querem saber detalhes das diversidades sexuais.
'Independente da orientação sexual, tanto o homem quanto a mulher tem muita curiosidade. O sexo anal faz parte, hoje, de 30% da sexualidade feminina e 70% da masculina. Não só quem pratica, mas também quem tem curiosidade de saber, de tentar', explica. Devido ao preconceito com o sexo anal, pouco se fala sobre o tema e as dúvidas tomam conta. Questionamentos esses que surgem aos montes.
Por isso, o Tempo de Mulher falou com especialistas que deram dicas e orientações sobre essa prática sexual. Então, aproveite para deixar o tabu de lado! Mesmo que você não seja adepto do sexo anal, vale a pena ter conhecimento sobre os cuidados com a saúde e higiene pessoal que se deve ter nesse tipo de relação! Assim, você saberá falar tranquilamente sobre esse tema com seu parceiro e até mesmo informá-lo. A decisão por querer fazer ou não, claro, você decide! Afinal, o importante é ser feliz, não importa como!
E aquela velha dica continua sendo valiosa: camisinha sempre, independente da prática sexual que o casal escolha!


Prática sexual só vale se os dois estiverem a fim
'Fazer sexo anal só para agradar ou satisfazer o fetiche do parceiro ou parceira não é saudável', diz a sexóloga e personal sexy Karina Brum. Assim, a prática anal é válida desde que ambos estejam a fim. 'O bacana é ter prazer e brincar sempre que der vontade. A mulher tem que ter o hábito da higienização da ampola retal e exigir, sim, o uso de lubrificante a base d’água, bem como de um bom dessensibilizante', diz Karina.

Dica para uma relação anal prazerosa
Outra dica importante ao casal é 'dilatar' a região anal dias antes da relação sexual em si. 'Há acessórios específicos como plugs e minivibradores que, quando introduzidos no ânus, auxiliam no relaxamento da musculatura. O uso contínuo ou diário destes acessórios (procure uma sexóloga e saiba mais a respeito) contribui para uma relação anal prazerosa e segura', recomenda Regina Racco.