Música alta foi usada para 'esconder' violência em escola de Piracicaba, SP
Aluna de 15 anos, recém-chegada à instituição, foi agredida por 3 estudantes.
Secretaria da Educação informou que duas envolvidas foram suspensas.
A violência contra uma aluna, de 15 anos, recém-matriculada na Escola Estadual Carolina Mendes Thame em Piracicaba (SP), pode ter sido planejada. De acordo com o pai da jovem, um motorista de 42 anos, os alunos usaram um rádio portátil que tocava música, em alto volume, no momento da confusão. "Creio que a intenção era fazer com que a direção demorasse a perceber a briga", afirmou. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou que já tomou as medidas cabíveis.
A briga ocorreu na terça-feira (11), logo após o sinal do término do período de aulas. A aluna foi agredida por três alunas, uma delas estuda na mesma classe que a vítima. A jovem disse não saber o que realmente teria motivado a violência porque elas não se conhecem.
Início "Estou na escola há uma semana. Ela se aproximou de mim e perguntou por que eu a olhava. Em seguida, outras duas meninas, que chegaram por trás de mim, puxavam o meu cabelo e me seguravam", contou.
A adolescente disse que não teve como se defender e que um grupo de outros estudantes incentivavam a agressão.
O pai da jovem viu as imagens da agressão, registradas pelas câmeras do circuito interno da escola.
O pai da jovem viu as imagens da agressão, registradas pelas câmeras do circuito interno da escola.
Ele ficou indignado com a situação e reclamou da falta de segurança. "Por mais que tenha sido rápido e que o som alto tenha dificultado, a ação durou cerca de 10 minutos, é complicado ver que nenhum responsável pode interferir a tempo de evitar que ela ficasse tão ferida", criticou.
Estado
A Diretoria de Regional de Ensino informou, em nota, que a Escola Estadual Professora Carolina Mendes Thame atua com programas contra violência na escola. "A unidade possui um professor-mediador, profissional capacitado para identificar vulnerabilidades e traçar estratégias preventivas aos conflitos", disse.
A Diretoria de Regional de Ensino informou, em nota, que a Escola Estadual Professora Carolina Mendes Thame atua com programas contra violência na escola. "A unidade possui um professor-mediador, profissional capacitado para identificar vulnerabilidades e traçar estratégias preventivas aos conflitos", disse.
O órgão informou ainda que já tomou as medidas cabíveis. "Ambas as estudantes foram suspensas e uma delas já solicitou a transferência para outra escola. Em reunião, os pais foram orientados sobre a importância da participação na vida escolar de seus filhos e o respeito mútuo entre colegas", ressaltou.
Recorrente
Esse é o quarto caso de violência entre alunos registrados na mesma instituição e noticiados pelo G1. Em maio de 2014, uma estudante de 11 anos e a mãe, de 33 anos, ficaram feridas após uma briga com três adolescentes na porta da escola. A confusão teria começado após a estudante ter presenciado uma das agressoras, de 12 anos, fumando no banheiro.
Esse é o quarto caso de violência entre alunos registrados na mesma instituição e noticiados pelo G1. Em maio de 2014, uma estudante de 11 anos e a mãe, de 33 anos, ficaram feridas após uma briga com três adolescentes na porta da escola. A confusão teria começado após a estudante ter presenciado uma das agressoras, de 12 anos, fumando no banheiro.
Em setembro de 2013, dois outros casos de violência foram registrados na polícia. Uma estudante, de 15 anos, apanhou no pátio da escola após postar uma foto no Facebook e ser chamada de "feia" por duas agressoras, que frequentavam a mesma instituição de ensino. A briga foi filmada com um celular e divulgada na internet na época.
A outra agressão ocorreu dentro da sala de aula, ainda em setembro de 2013. Um garoto de 12 anos apanhou de outros colegas de classe. Na época, a briga também foi gravada pelos estudantes e divulgada na internet.