OBJETIVO É OFERECER VAGAS DE NÍVEL TÉCNICO EM INSTITUIÇÕES DO SETOR PRIVADO
Prefeito questiona: para que servem tantos cursos oficiais?
Prefeito questiona: para que servem tantos cursos oficiais?
A pesquisa da PWC, feita com o apoio do jornal O GLOBO, mostrou que a qualificação da mão de obra é uma das principais preocupações do empresário fluminense. De olho nos números, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, aproveitou o debate para anunciar que vai lançar um programa de incentivo à formação ténica, nos mesmos moldes do PROUNI. Seria chamado PROTEC. Ele explica:
- Fizemos um levantamento e vimos que há muitos cursos públicos, do governo federal, do estado e dos municípios, mas esses curso servem de fato para que? Agora estamos buscando instituições privadas, como a Estácio, a Castelo, para analisar essa situação.
Levantamento da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, dá conta de investimentos na economia de R$ 214 bilhões até 2020, com geração direta de 104 mil empregos. Com essa demanda por mão de obra, a secretaria mapeou a oferta de vagas de cursos profissionalizantes no estado. No ano passado, foram oferecidas 162.497 vagas de qualificação profissional, num investimento de R$ 58,3 milhões, vindos dos governos federal, estadual e municipal (Rio, capital).
- Esse dinheiro, não tem foco - alfineta Paes.
A maior parte das vagas desses cursos vão para construção civil (21%), administração (16%), turismo (9,5%), beleza (7%), informática (6,5%), alimentação (6,5%), comércio (6%), produção cultural (6%) e telemarketing (5%).
Segundo Júlio Bueno, esse valor precisará aumentar muito e a oferta de vagas crescer consideravelmente nas áreas de metalmecânica, informática e inglês.
- Agora que conseguimos ter um mapeamento das vagas, vamos cruzar com a pesquisa da demanda, que vem sendo desenvolvida pelo Dieese.
Essa procura por qualificação fez a capacidade da PUC bater no teto. Eram cerca de dez mil alunos em 2003 e hoje são 13.045 somente na graduação. E os convênios com as empresas só aumentam. Por meio de contratos com a Petrobrás, foi possível construir um prédio de cinco andares somente para pesquisas na área de engenharia. Só no Núcleo Regional de Competência em Petróleo e Gás da PUC, foram investidos R$ 100 milhões. Na Escola de Negócios da PUC, há convênios com 30 empresas.
- Abrimos outra turma para gestão de investimentos, diante da procura - disse o diretor Luiz Felipe da Mota.
Fonte: O GLOBO