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terça-feira, 10 de março de 2015

MODELO TEM MORTE MISTERIOSA


Amiga confirma que jovem morreu ao brincar de roleta-russa, diz polícia
Adolescente de 16 anos foi ouvida pela Polícia Civil em Maringá, no Paraná.
Corpo da jovem foi encontrado pela polícia em um matagal no sábado (7).


Uma testemunha ouvida pela polícia confirmou que a jovem Natalia Germano, de 19 anos, encontrada morta em Maringá, no norte do Paraná, morreu após uma brincadeira de roleta-russa. A adolescente de 16 anos era amiga da vítima e foi ouvida pela Polícia Civil na segunda-feira (9). A versão já tinha sido contada por três suspeitos do crime que estão presos.
“Ela confirmou que o primeiro disparo seria contra a cabeça dela. Só que a arma não disparou, e acabou disparando na cabeça da vítima”, diz o delegado de homicídios, Diego de Almeida.
O corpo de Natalia Germano foi encontrado no sábado (7), em um matagal no final da Avenida Kagogawa, na zona norte de Maringá. Três suspeitos do crime foram presos pela polícia no mesmo dia. De acordo com a família da vítima, a jovem tinha sido vista pela última vez na quinta-feira (5), quando saiu de casa no Jardim Campos Eliseos.


Conforme a Polícia Civil, a testemunha estava escondida na casa de um tio em Londrina, também no norte do estado, e se apresentou na delegacia da cidade na segunda-feira. Ela foi levada até Maringá, onde foi ouvida por aproximadamente três horas pela polícia e liberada em seguida. À polícia, a menor contou que fugiu porque estava com medo, e que foi ameaçada de morte caso falasse alguma coisa.
A adolescente foi identificada pela polícia em uma foto, onde ela aparece com a vítima e outros três rapazes. Um deles já está preso, e os outros dois são procurados pela polícia. Na foto, um dos rapazes que aparece na foto segura uma arma, que pode ter sido usada no crime, diz a polícia.
“Ela confirmou as pessoas que estavam lá [na casa]. Falta apenas o nome do que aparece com a arma”, diz o delegado. A polícia ainda apura a participação de cada um dos envolvidos no crime.
Conforme o delegado, os três presos serão indiciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, tráfico de drogas e associação ao tráfico.

Natália Germano não morreu em jogo de roleta-russa, garante mãe
Maria José Germano diz que filha 'ouviu algo que não podia ter ouvido'.
Ela afirma que jovem foi morta por envolvidos com o tráfico em Maringá.


A mãe de Natália Germano, de 19 anos, encontrada morta em Maringá, no norte do Paraná, afirma ter certeza de que a filha não morreu em uma brincadeira de roleta-russa, como testemunhas disseram à Polícia Civil em depoimentos.
Maria José Germano relata que uma mulher desconhecida, "muito drogada", foi à casa dela um dia antes do crime para ameaçar a jovem. Natália "ouviu algo que não podia ter ouvido" da mulher, diz a mãe.
"Não acredito nessa história da roleta-russa. É mentira de quem fez isso. Um dia antes, uma mulher muito estranha, que eu não conheço, apareceu em casa para conversar com a Natália. Ela já chegou entrando, muito dopada, e gritou um monte. Acho que a Natália ouviu algo que não podia ter ouvido e, por isso, foi morta", afirma Maria José.
Fotografia
A mãe da jovem diz só conhecer uma pessoa entre as que aparecem em uma fotografia que a polícia afirma ter sido tirada minutos antes do crime. É uma adolescente de 16 anos, amiga de Natália, com quem a vítima estava proibida de conversar por ordem da mãe. Ela está entre as testemunhas que citaram a roleta-russa à polícia.
"Ela [a adolescente] tinha um comportamento muito estranho. Mudou-se para uma casa vizinha há pouco tempo e não dizia nada sobre o motivo. Ela marcava encontro com qualquer pessoa, se oferecia para homens", afirma Maria José.
A mãe diz que um dia encontrou fotos da adolescente "mostrando os seios" e pediu para a filha parar de encontrar a amiga.
Depressão
Maria José nega que Natália tivesse depressão, como consta no inquérito policial.
A jovem apenas relatou, no dia anterior ao crime, que estava triste porque o namorado havia viajado e porque não conseguia emprego há dois meses, diz Maria José. A mãe diz acreditar que a morte foi ordem de traficantes.
Maria José afirma ainda que, na noite de quinta-feira (5), quando notou o sumiço da filha, foi atrás da adolescente para saber se ela sabia de algo.
A menina lavava roupa, tranquilamente, e garantiu que não sabia o paradeiro de Natália. Ela e o namorado (o principal suspeito de ter feito o disparo que matou a jovem, conforme a polícia), até se ofereceram para ajudar nas buscas, diz Maria José.
"Ela nunca saiu com esses rapazes [os suspeitos de envolvimento na morte dela], nem os conhecia. Procurou a C.M [a adolescente] só porque o namorado tinha viajado, estava se sentindo muito sozinha.  Quando descobri que minha filha tinha ido para lá [na casa em que o crime ocorreu], já desesperei".
Um dia após o crime, a adolescente fugiu para São João do Ivaí, onde moram os pais dela. Ela ficou desaparecida até a manhã desta terça-feira (10), quando foi à polícia prestar depoimento.
Polícia busca suspeitos
O delegado de Homícidios da Polícia Civil de Maringá, Diego Almeida, afirma que os investigadores ainda trabalham na identificação de dois suspeitos.
Outros três foram presos no sábado (7), quando o corpo foi encontrado em um matagal no final da Avenida Kagogawa, na zona norte de Maringá. A adolescente de 16 anos prestou depoimento e foi liberada.
A hipótese da roleta-russa ainda é considerada, segundo o delegado. O inquérito, porém, ainda não foi concluído.