Brasil é o anfitrião que mais sofreu gols na história das Copas
Zaga atual supera a de 1938 e se torna a mais vazada de todas as campanhas brasileiras com 14 gols
A verdadeira cara da nossa seleção |
BRASÍLIA — O fim não poderia ser mais melancólico. Além de perder a disputa de terceiro lugar, o Brasil terminou a Copa com uma coleção de recordes negativos para carregar como fardo da segunda vez que sediou o maior evento esportivo do planeta. A pífia campanha do setor defensivo — 14 gols sofridos — foi a pior da história da seleção: o time canarinho tinha levado 11 gols em 1938. Também foi a defesa mais vazada de uma equipe anfitriã em todas as 20 edições do Mundial. A marca, que permaneceu por 60 anos, pertencia à Suíça, que, em 1954, levou 11. Por fim, nenhuma seleção via suas próprias redes balançarem desde 1986, quando a Bélgica sofreu 15 gols.
Responsável por catapultar essas marcas, a goleada de 7 a 1 sofrida pela Alemanha já havia levado o time de Felipão para patamares ainda mais profundos. Foi a primeira vez que uma seleção levou cinco gols em menos de 30 minutos. O Zaire, em 1974, sofreu os mesmos cinco em meia hora, na derrota para a Iugoslávia por 9 a 0. A goleada também foi a maior da história da seleção. Nas Copas, a pior derrota havia sido para a França, em 1998, por 3 a 0, na final; nos demais jogos, o placar mais elástico havia sido imposto pelo Uruguai, em 1920: 6 x 0.
JULIO CÉSAR É O GOLEIRO MAIS VAZADO DO BRASIL
Com uma campanha tão ruim, não foi à toa que o goleiro Julio César atingiu uma marca pessoal tão desagradável quanto as da seleção brasileira. Ele passou Taffarel como o goleiro brasileiro mais vazado nos Mundiais, mesmo com uma edição a menos no currículo. Enquanto Julio tem 18 gols em 12 jogos, Taffarel levou 15 gols entre 1990 e 1998.
— Tem jogadores que entraram para a História boa da seleção, e outros para a ruim. Eu entro pelo lado ruim. Mas fiz de tudo para estar aqui. Agradeço a papai do céu pela oportunidade. Fico triste pela forma como terminou. Para um goleiro, tomar 14 gols é complicado. Mas estou tranquilo, vou dormir tranquilo. Fiz o meu máximo — disse o goleiro depois do jogo.
O camisa 12 também entrou no top 10 dos goleiros que mais sofreram gol em todos os Mundiais. Julio Céasr é o quinto da lista, atrás do mexicano Carbajal (25), do saudita Al Deayea (25), do sueco Svensson (22) e do alemão Sepp Maier (19).
— Provavelmente foi minha última Copa. Fica difícil disputar em 2018, até em termos de motivação. É complicado. Não é o momento de analisar o que deu errado. Os jogadores têm que esquecer, ir para casa, abraçar a família. Tentar extrair os lados positivo e negativo, botar na balança para convocações futuras. Agora, é pensar nos amistosos, Copa América, e na próxima Copa, porque quatro anos passam rapido — afirmou Julio César.
Nota da redação (CulturarTEEN - Barão de Inohan)
Chegamos a essa Copa com a sensação de que por ser em nossa casa, o título já era nosso e que o Maracanaço de 50 não se repetiria.
Não só se repetiu coma vitória ou da Alemanha ou da Argentina, como agora temos o Mineiraço, a maior vergonha da história dos 100 anos do nosso futebol, e de quebra um MANEZAÇO nos 3 x 0 contra a Holanda. Dez gols em apenas duas partidas.
Passamos os cinco primeiro jogos com o apoio de Neymar, mas com uma zaga sólida, bem formada, onde o goleiro não era exigido. Mas se formos reparar direitinho, os gols sofridos pelo Brasil nestes cinco primeiros jogos, foram bisonhos, bobos, de um goleiro sem segurança.
"Ah, mas ele nos salvou nos penaltis contra o Chile". Antes não tivesse salvado. A vergonha não teria sido tão grande, e sairíamos de cabeça erguida e "sem a sorte" da disputa de penaltis, onde nem todos os grandes goleiros se dão bem.
Nos jogos contra a Alemanha e contra a Holanda, quando nossa zaga não jogou nem parecido como nos cinco primeiro jogos (principalmente no apagão contra a Alemanha), ao ser exigido como um verdadeiro goleiro, vimos um camarada atabalhoado, saindo com medo, sem fazer grandes defesas, caindo ao invés de ir duro na bola como os grandes goleiros que apareceram nesse mundial.
Julio César, seu período acabou na nossa seleção.
Felipão, talvez tenha mais uma nova chance, e se não for tão teimoso, tem chance sim de preparar ao longo de vários anos, uma seleção para 2018, ou quem sabe, 2022. Uma seleção que nos dê orgulho do nosso verdadeiro futebol arte, como sempre tivemos.
Mais um detalhe: o Brasil só ganhou 11 pontos dos 21 que disputou em 7 jogos: 3 contra a Croácia, um contra o México, 3 contra Camarões, um contra o Chile e três contra a Colômbia.
Uma vergonha!
Mais um detalhe: o Brasil só ganhou 11 pontos dos 21 que disputou em 7 jogos: 3 contra a Croácia, um contra o México, 3 contra Camarões, um contra o Chile e três contra a Colômbia.
Uma vergonha!
No ano que vem temos Copa América, que não ganhamos há duas edições. Seria um bom início e não podemos esquecer da medalha de ouro nas Olimpíadas de 2016 no Rio, um título que nosso futebol ainda não tem.
Que comece ontem a preparação, mas de modo sério e SEM INTERVENÇÃO DE GOVERNO como o PT de Dilma quer fazer, aliás, o resultado da Copa mostrou a verdadeira cara do Brasil: mal arrumado, destruído!