ATENÇÃO: AS MATÉRIAS POSTADAS NO CULTURARTEEN ATÉ 21 DE SETEMBRO DE 2019, PODEM SER ACESSADAS ATRAVÉS DO ENDEREÇO:
EM RESPEITO E CUIDADO AOS NOSSOS LEITORES, PARA EVITAR O MANUSEIO EXCESSIVO DA VERSÃO IMPRESSA DO INFORMATIVO CULTURARTEEN, TEMPORARIAMENTE ESTAREMOS CIRCULANDO APENAS NA VERSÃO ON LINE E NA REVISTA ELETRÔNICA.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

VIOLÊNCIA NOS PARTOS

Renascimento do Parto 2 vai retratar violência obstétrica

Depois de ser visto por mais de 30 mil pessoas e ser o documentário nacional com a segunda maior bilheteria nos cinemas de 2013, o filme o Renascimento do Parto ganhará continuidade. O segundo filme, que começará a ser rodado ainda neste semestre, vai tratar, principalmente, sobre a questão da violência obstétrica e os locais onde o atendimento às gestantes que deram certo no Brasil e fora daqui, como na Inglaterra e na Holanda.
De acordo com o diretor do filme, Eduardo Chauvet, as filmagens começam a ser feitas ainda neste semestre e a expectativa é lançar o filme em março de 2015. Chauvet comenta que o primeiro filme foi feito com recursos próprios e que foi preciso um crowdfounding (financiamento coletivo), para que ele chegasse às telonas. “Agora estamos entrando em vários editais e as portas estão abertas devido ao sucesso de público e crítica do Renascimento do Parto”, comenta.
Ele conta que o segundo filme vem com a proposta de aprofundar assuntos polêmicos, como a violência obstétrica. Conforme mostrou o Maternar, a violência obstétrica engloba uma série de práticas violentas e desrespeitosas de assistência à gestante e ao recém-nascido. O tema tem ganhado cada vez mais força devido ao crescente movimento de humanização do parto.
“Esse será um eixo mais amargo do próximo filme, mas muito necessário e urgente. Vamos denunciar toda a crueldade, frieza e desrespeito institucionalizados. De maneira clara e com flagrantes para que não sobre mais dúvida sobre a questão”, comenta. O filme também pretende mostrar assuntos que não foram tratados no primeiro documentário, como o SUS (Sistema Único da Saúde) que dá certo no atendimento à gestante.
Como todo o assunto é muito amplo, a ideia é fazer uma trilogia que deverá ser lançada em 2016. “Vamos falar no terceiro sobre parto normal após cesáreas, sobre as parteiras tradicionais pelo interior do Brasil, parteiras urbanas, parto domiciliar planejado, a vida das doulas e vamos aprofundar mais sobre a medicina baseada em evidências”, comenta.

 
Para dar o pontapé inicial no segundo filme, o diretor diz que fará duas apresentações do Renascimento do Parto no dia 7 de abril, às 21h30. As sessões vão acontecer em São Paulo, no espaço Itaú de Cinema da rua Augusta, e em Brasília no cinema do shopping CasaPark. A ideia é que após o filme, seja feito um bate-papo com os presentes para ajudar a trilhar as diretrizes do próximo filme.
“A ideia é sair de lá com uma visão geral do público sobre o primeiro filme e o que esperam e gostariam de ver no segundo. Queremos que as pessoas já se sintam parte da confecção do próximo filme”, diz Chauvet, que estará na apresentação em Brasília.
Em São Paulo, a conversa será mediada por Ana Lúcia Keunecke, da Artemis (ONG que trabalha para erradicar a violência contra a mulher) que é quem fará a pesquisa de conteúdo do segundo filme. “Além de ouvirmos as pessoas com suas sugestões , vamos selecionar uma pessoa que poderá participar da reunião com os produtores e o diretor em meio às discussões do próximo roteiro”, comenta.
FÓRUM VAI DISCUTIR VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Na próxima quarta-feira (9), a partir das 9h, será realizado um fórum na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) onde será discutida a violência obstétrica e outras formas de formas de agressão a que as mulheres estão sujeitas.
O “I Fórum sobre Violência contra a Mulher: Múltiplos Olhares” acontecerá no centro de convenções da Unicamp e reunirá médicos, advogados e  pesquisadores  na área da violência contra a mulher.Também participarão do evento representantes do  governo federal e  do Poder Judiciário.
No fórum, serão exibidas gravações de depoimentos de vítimas de violência obstétrica e também de violência sexual e doméstica. A ideia é  ilustrar os debates com casos reais e aprofundar as discussões.