O LEGADO DE ABDIAS NASCIMENTO
Casa de Cultura de Maricá
25 de novembro de 2011 a 6 de janeiro de 2012
Com apoio da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Maricá, o IPEAFRO realiza na Casa de Cultura de Maricá a exposição “África-Brasil: O Legado de Abdias Nascimento”.
A mostra apresenta uma abordagem áudio visual das civilizações africanas e sua história, bem como da criatividade plástica que expressa o saber, a tradição e a simbologia epistemológica dos povos africanos na sua expressão plástica brasileira atual. O legado africano se expressa em duas vertentes: a cultural-artística e a dimensão política de defesa dos direitos humanos dos povos negros escravizados e discriminados.
A exposição homenageia a memória do recém-falecido pintor, poeta, escritor e professor universitário Abdias Nascimento, que também foi senador, deputado federal e duas vezes secretário do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Apresentará o trabalho das instituições que ele criou desde o Teatro Experimental do Negro (1944) e o Museu de Arte Negra (1950) até o Ipeafro (1981-presente).
Parte integral do trabalho do IPEAFRO com matriz africana e educação, a mostra apresenta parte do conteúdo da exposição “África-Brasil, Ancestralidade e Expressões Contemporâneas” (aberta a visitação no Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro, até dia 4 de dezembro). Uma mostra semelhante integrou o Fórum Educação Afirmativa Sankofa que o Ipeafro realizou em Duque de Caxias, e está aberta à visitação na Biblioteca Leonel de Moura Brizola, até 9 de dezembro. Essa ação do IPEAFRO continuará em março de 2012 em Campos dos Goytacazes, onde o fórum e a exposição estão marcados para realização no campus da Universidade Estadual do Norte Fluminense.
Baseada no conteúdo do acervo Abdias Nascimento/IPEAFRO, a mostra apresenta pinturas de Abdias Nascimento e de outros artistas, bem como trabalhos do IPEAFRO como a Linha do Tempo dos Povos Africanos que ilustram como os africanos produziram cultura e conhecimento durante milênios, em liberdade e soberania.
Na noite de abertura está prevista a seguinte programação:
Exibição do filme documentário Abdias Nascimento, da TV Câmara, direção de Fernando Bola.
Mesa redonda
Abdias e o seu Legado
Ricardo Cravo Albin, Secretário de Cultura de Maricá
Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra
Conceição Evaristo, poeta e romancista
“Ab(dias) de luta” e outros poemas
Helena Theodoro, pesquisadora e professora da FAETEC
Abdias, o Guerreiro da Liberdade
Elisa Larkin Nascimento, curadora da exposição e diretora do IPEAFRO
Projeto Museu de Arte Negra – História e Perspectivas
Durante o evento, a curadora autografará o catálogo da exposição
África-Brasil, Ancestralidade e Expressões Contemporâneas
Noite de Abertura
Quinta-feira, dia 24 de novembro às 19h
Visitação
25 de novembro de 2011 a 6 de janeiro de 2012
Segunda a quinta das 9h às 17h
Sábados e domingos das 13h às 17h
Casa de Cultura de Maricá
Rua Álvares de Castro nº 103
Praça Orlando de Barros Pimentel
Centro
Maricá, RJ
Tel: 21.3731.1432
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Elisa Larkin Nascimento, Ph.D.
IPEAFRO - Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros
Afro-Brazilian Studies and Research Institute
Rio de Janeiro, Brasil
(55) 21-2509-2176
QUEM FOI ABDIAS NASCIMENTO?
Abdias do Nascimento (Franca, 14 de março de 1914 — Rio de Janeiro, 24 de maio de 2011[1]) foi um político e ativista social brasileiro.[2]
Foi um dos maiores defensores da defesa da cultura e igualdade para as populações afrodescendentes no Brasil, nome de grande importância para a reflexão e atividade sobre a questão do negro na sociedade brasileira. Teve uma trajetória longa e produtiva, indo desde o movimento integralista, passando por atividade de poeta (com a Hermandad, grupo com o qual viajou de forma boêmia pela América do Sul), até ativista do Movimento Negro, ator (criou em 1944 o Teatro Experimental do Negro) e escultor.
Após a volta do exílio (1968-1978), insere-se na vida política (foi deputado federal de 1983 a 1987, e senador da República de 1997 a 1999 assumindo a vaga apos a morte de Darcy Ribeiro), além de colaborar fortemente para a criação do Movimento Negro Unificado (1978). Em 2006,em São Paulo, criou o dia 20 de Novembro como o dia oficial da consciência negra. Recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Brasília.[3] Autor de vários livros: "Sortilégio", "Dramas Para Negros e Prólogo Para Brancos", "O Negro Revoltado", e outros.[4]
Foi também professor benemérito da Universidade do Estado de Nova Iorque.[5]
Foi casado quatro vezes. Sua terceira esposa foi a atriz Léa Garcia, com quem teve dois filhos, e a última a norte-americana Elizabeth Larkin, com quem teve um filho