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quinta-feira, 12 de junho de 2014

'Sou mais mulher do que muitas', diz a modelo transexual Carol Marra



A mineira Carol Marra empreende uma luta diária de afirmação. Nasceu aprisionada num corpo de menino, há 26 anos, com nome masculino na certidão de nascimento.

Tornar-se mulher nunca foi uma opção, mas uma necessidade. Ana Carolina, modelo e atriz, surgiu há cerca de quatro anos, já quebrando barreiras: foi a primeira transgênero a estampar a capa da revista Trip  e, em breve, protagonizará o primeiro beijo trans na televisão, no seriado Psi, do canal por assinatura HBO.




— Não acho que a genitália define uma mulher. Resumi-la por um pedacinho de carne é deplorável. Sou mulher desde o dia em que nasci. Posso dizer que sou mais mulher do que muitas que vejo por aí  — afirmou, durante a primeira visita a Caxias do Sul, para conhecer a rotina do namorado, Tiago Tessari, na semana passada.


Foi descoberta nos bastidores do mundo fashion e parou nas principais semanas de moda do país. Como a carreira de modelo é efêmera, quer se firmar como atriz e prepara-se para estrear, em breve, em duas séries, Psi, na HBO, com textos de Contardo Calligaris e Thiago Dottori, para toda a América Latina, e Segredos Médicos, no Multishow.




A associação da própria imagem ao rótulo "trans" provoca uma reação dúbia em Carol. Ela se orgulha das conquistas, embora acredite que elas transcendem ao gênero, mas acha difícil ter se tornado referência: 

— A responsabilidade é muito grande. Tento, então, dar o exemplo. Sou séria, batalhadora, minha vida não é glamour. Não quero ser ativista, mas sou obrigada a ser. Quero desfazer essa imagem clichê, de que só existe trans puta e cabeleireira.