ATENÇÃO: AS MATÉRIAS POSTADAS NO CULTURARTEEN ATÉ 21 DE SETEMBRO DE 2019, PODEM SER ACESSADAS ATRAVÉS DO ENDEREÇO:
EM RESPEITO E CUIDADO AOS NOSSOS LEITORES, PARA EVITAR O MANUSEIO EXCESSIVO DA VERSÃO IMPRESSA DO INFORMATIVO CULTURARTEEN, TEMPORARIAMENTE ESTAREMOS CIRCULANDO APENAS NA VERSÃO ON LINE E NA REVISTA ELETRÔNICA.

domingo, 22 de junho de 2014

OUTRA MENOR É ESTUPRADA E ENFORCADA NA ÍNDIA

Menor é estuprada e enforcada em árvore na Índia; 5º caso em duas semanas

Adolescente tinha 16 anos. Todos os casos aconteceram no mesmo estado, Uttar Pradesh


Mais uma adolescente foi encontrada enforcada em uma árvore nesta quinta-feira, supostamente após ter sido estuprada, no estado indiano de Uttar Pradesh, o quinto caso semelhante registrado na região nas últimas duas semanas, informou a polícia local. A jovem de 16 anos foi encontrada nesta manhã em uma árvore nos arredores da cidade de Rajpura. Fontes policiais disseram à agência de notícias indiana Ians que a jovem teria sido raptada na noite desta quarta, quando sua família se dirigiu a um casamento e a deixou sozinha em casa.
A família da adolescente denunciou o desaparecimento da jovem em uma delegacia ainda na noite de ontem, mas acabou sendo rechaçada pelos agentes. De acordo com os familiares, a menina também teria sido vítima de estupro, uma acusação que ainda está sendo investigada. “Estamos investigando todas as possibilidades, incluindo a inimizade com alguma pessoa. Mas é muito cedo para qualquer conclusão”, disse um policial local à agência Ians.
Nas duas últimas semanas, quatro casos – com cinco vítimas – de mulheres enforcadas foram registrados no estado de Uttar Pradesh. O penúltimo caso deles ocorreu ontem, quando uma mulher de casta dalit (a mais baixa na hierarquia de castas indiana), de 45 anos, foi encontrada em uma árvore no distrito de Bahraich. O filho da vítima assegurou que sua mãe foi estuprada e denunciou que, recentemente, ela havia registrado uma queixa à polícia sobre tentativas de abuso anteriores.
No final de maio, duas primas, de 14 e 15 anos (leia matéria abaixo), também foram estupradas e enforcadas em uma árvore por um grupo de homens, um caso que motivou protestos em todo o país. Este crime também teve uma ampla repercussão internacional e provocou muitas críticas em relação à inação policial. O governo de Uttar Pradeshiniciou um serviço específico de atendimento telefônico direcionado às mulheres no estado, o mais povoado do país, com quase 200 milhões de habitantes.
Diante das crescentes críticas a respeito da falta de segurança para as mulheres, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse ontem que a proteção da mulher deve ser uma prioridade no país. “Respeitar e proteger às mulheres deve ser uma prioridade para todas as pessoas deste país, já que, para seguirmos nosso caminho rumo ao desenvolvimento, necessitamos respeitá-las e garantir sua segurança”, declarou o premiê recém empossado.
Modi se referiu à violência contra a mulher na Índia em seu discurso ao Parlamento nacional para expor suas linhas de governo, transmitido pela TV local. O chefe de governo indiano pediu que deixassem “de analisar a psicologia que há por trás de cada estupro”, após uma série de comentários que definiu como “inapropriados” por parte de diferentes políticos sobre as causas da violência contra a mulher na Índia.

Adolescentes dalits são estupradas e enforcadas na Índia

Jovens tinha 14 e 15 anos. Segundo população local, a polícia ignorou e não investigou o desaparecimento das garotas

Duas adolescentes dalits – grupo social considerado intocável, que ocupa o nível mais baixo no sistema de castas indiano – foram estupradas por vários homens que depois as enforcaram no norte da Índia, informaram nesta quinta-feira veículos de imprensa locais. Os corpos das menores de idade, duas primas de 14 e 15 anos, apareceram na quarta-feira pendurados em uma árvore na cidade de Katra, em um caso que motivou protestos dos vizinhos por omissão policial, segundo o canal de TV local NDTV.
A autópsia confirmou que as jovens foram estupradas  por cinco homens e depois morreram enforcadas - diante da passividade da polícia que, segundo a família, durante horas evitou investigar o paradeiro das meninas, cujo desaparecimento foi denunciado na noite anterior. A polícia não agiu até que os vizinhos impedissem a retirada dos cadáveres para a autópsia e bloqueassem várias estradas como protesto pela inércia policial.
A Comissão Nacional para as Mulheres da Índia anunciou o envio de um comitê de investigação ao local do crime para obter informação e estudar se foram adotadas medidas, declarou sua diretora, Mamata Sharma, ao mesmo jornal.
O estupro e o assassinato de uma jovem em um ônibus em Nova Délhi em dezembro de 2012 gerou protestos e um debate sem precedentes sobre a violência contra a mulher na Índia, o que obrigou o governo a endurecer as leis contra agressores sexuais. A nova lei estabeleceu a pena de morte no caso de a vítima morrer ou de os estupradores reincidirem.