ATENÇÃO: AS MATÉRIAS POSTADAS NO CULTURARTEEN ATÉ 21 DE SETEMBRO DE 2019, PODEM SER ACESSADAS ATRAVÉS DO ENDEREÇO:
EM RESPEITO E CUIDADO AOS NOSSOS LEITORES, PARA EVITAR O MANUSEIO EXCESSIVO DA VERSÃO IMPRESSA DO INFORMATIVO CULTURARTEEN, TEMPORARIAMENTE ESTAREMOS CIRCULANDO APENAS NA VERSÃO ON LINE E NA REVISTA ELETRÔNICA.

sábado, 22 de novembro de 2014

VEREADOR ENVOLVIDO EM ESTUPRO COLETIVO COM JOVEM DE 17 ANOS

Homem é preso suspeito de mentir ao depor sobre estupro coletivo

Para delegado, pecuarista presenciou o crime, mas deu falso testemunho.
Vereador e mais quatro homens são suspeitos de estuprar garota em Goiás.


Adolescente diz ter sido vítima de estupro coletivo;
testemunha foi presa (Foto: Sílvio Túlio/G1)

G1 - O pecuarista Wesly Tadeu Pires Couto, de 31 anos, foi preso em flagrante, nesta sexta-feira (21), por falso testemunho em relação ao suposto estupro coletivo de uma adolescente de 17 anos, ocorrido em uma festa em Indiara, a 100 km de Goiânia. Segundo o delegado Queops Barreto, responsável pela investigação, o homem mentiu durante depoimento alegando que não sabia nada a respeito do crime.
"No último dia 18, ele prestou depoimento afirmando que não viu nada de errado no dia da festa. Porém, a vítima me afirmou que ele abriu a porta do quarto, viu ela sendo abusada e depois saiu. Outras duas testemunhas que nós ouvimos também afirmaram que ele comentou a respeito do crime. Nos baseamos nisso para realizar a prisão", afirma Barreto ao G1.
O pecuarista foi autuado em flagrante nesta tarde logo depois de prestar um novo depoimento negando que soubesse do estupro. Segundo o delegado, ele é amigo do vereador Jean de Castro (DEM) e do irmão dele, o comerciante Leandro de Castro, com quem a garota tinha um relacionamento amoroso. Eles e mais três homens, Luciano Maurício, Guilherme Rodrigues e Eder Souza, são investigados pelo crime.
O pecuarista foi levado para a Cadeia Pública de Indiara. Se for condenado, ele pode pegar de 2 a 4 anos de detenção.
Defesa
O advogado Paulo Sérgio de Oliveira, que além de Wesly, defende os cinco suspeitos e mais quatro testemunhas disse ao G1 que a prisão foi "arbitrária e ilegal". "O delegado agiu de forma precipitada. Ele não tem elementos para representar pela prisão. Meu cliente não mentiu e não presenciou nada naquele dia", reclama.

O defensor disse ainda que já entrou com um pedido de relaxamento de prisão no Fórum de Jandaia, responsável por Indiara.
Crime
O crime teria ocorrido no último dia 9, na casa de Leandro. A vítima, que tem uma filha de 1 ano, conta que quando chegou a festa, regada a muita cerveja e uísque, havia cerca de 15 pessoas na casa, sendo apenas uma mulher, justamente a namorada de Jean. Ela afirmou que, após ficarem alguns minutos na piscina com Leandro, os dois resolveram subir até o quarto dele.

Eles estavam mantendo relação sexual quando os outros quatro suspeitos começaram a entrar. "Primeiro, foi o Eder. Ele me forçou a manter relação com ele e o Leandro consentiu. Depois, entrou o Guilherme, o Luciano e, por último, o Jean. Ficamos lá por cerca de uma hora, eu querendo sair e eles não deixavam", lembra.
Segundo a adolescente, eles ficaram no local por cerca de uma hora. Durante esse período, ela afirma que ouviu os suspeitos conversando sobre "seguir o esquema", o que a faz pensar que o crime foi planejado com antecedência.
Medo
No último dia 19, a adolescente afirmou ao G1 que o vereador ficou com  medo de ser flagrado pela namorada durante o ato sexual. De acordo com a adolescente, no momento do abuso, a companheira do parlamentar havia saído da casa, onde ocorria uma festa. "Ele estava com pressa [de cometer o estupro] e pediu para que o pessoal ficasse de olho para que, quando ela [namorada] chegasse, ele fosse avisado. Ele estava com receio de ela descobrir" disse.

Na segunda-feira (17), Jean, que é vice-presidente da Câmara Municipal, afirmou que as acusações“não têm nenhum fundo de verdade” e que têm intuito de "manchar a sua imagem e a de sua família".
Irmão de Jean, Leandro negou que tenha ocorrido um estupro coletivo na festa. Ele acredita que a garota, com quem ele afirma ter ficado quatro vezes, inventou a história motivada por ciúmes.
"Isso foi uma armadilha dela. Ela já chegou a pedir para que assumisse o relacionamento com ela, mas nunca tive essa intenção. No dia da festa, mantivemos sim uma relação sexual, mas só eu e ela. Depois que descemos, fui conversar com duas amigas minhas e ela deve ter ficado com ciúme e feito isso por vingança", afirma.
Ele afirma que a garota foi embora de sua casa rindo e que só mais tarde, após receber a ligação de uma amiga da garota, ouviu sobre a história do estupro.