Entenda por que só o abdominal não é o suficiente.
Onde engordamos?
A genética tem um papel importante na determinação do local onde a gordura é acumulada. Os homens têm tendência a engordar no abdômen e as mulheres nos quadris, coxas e seios.
A enzima lipopretína lípase (LPL) estimulam o estoque de gordura. Para as mulheres, esse hormônio tende a ser mais ativo nos quadris e coxas e, nos homens, ao redor do estômago. As pessoas que possuem maior circunferência na cintura, que possuem o que chamamos de corpo em formato de maçã, estão em maior risco de desenvolver doenças cardíacas, enquanto que, nos que possuem corpo em formato de pêra, o risco é menor. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, as mulheres cuja medida da cintura é igual ou maior à 88 cm estão duas vezes mais propensas a desenvolver doenças cardíacas e câncer quando comparadas com as mulheres que medem apenas 71 cm. Por isso, mulheres, empenhem-se em manter esse número sempre abaixo dos 88. No caso dos homens, a medida ideal deve ser menor que 101.
Quando engordamos?
As células de gordura do corpo humano podem aumentar de tamanho e, se ficarem grandes o suficiente, irão dividir-se e multiplicar-se. É importante dizer que a quantidade dessas células aumenta naturalmente até que tenhamos atingido a fase adulta e, dentro de circunstâncias normais, uma vez que uma pessoa atinge a maturidade, essa quantidade não deveria aumentar. Entretanto, se ganhamos peso, isso pode acontecer.
Quando uma pessoa está num equilíbrio positivo de energia, ou seja, quando o número de calorias que ingere é maior do que o que o organismo gasta, ela armazena a maioria desse excesso de energia em forma de gordura, também conhecida como tecido adiposo. NO primeiro estágio do ganho de peso, as células aumentam de tamanho e, durante o segundo estágio, aumentam em número.
Quando essa mesma pessoa perde peso, suas células de gordura irão diminuir em tamanho, mas nunca em número, ou seja, uma vez que você as ganhou, não poderá mais livrar-se delas. Esta é uma das razões pela qual a manutenção do peso é tão difícil; elas estarão sempre por lá, apenas esperando uma oportunidade de rearmazenar gordura. Ao mesmo tempo em que essa informação é tão difícil de digerir, alerta para a importância da prevenção. É por isso que prevenir o aumento do número da balança é mais fácil do que reverter o quadro.
Então, quando emagrecemos?
Teoricamente, emagrecer é simples. Crie um equilíbrio negativo de energia comendo menos e queimando mais calorias através de atividades físicas, para que seu corpo doe mais do que receba. Assim, o organismo é forçado a usar a energia armazenada para compensar o gasto calórico e a dieta impede que ele encontre outras formas de acumular gordura. Com o tempo, conforme o corpo continua queimando energia, as células de gordura diminuem de tamanho e você começa a ver, gradualmente, a diferença.
Para reduzir a gordura localizada, você deve mudar sua rotina. Exercite-se mais ou aumente a intensidade para ajudar na queima calórica. Uma boa dica é usar um pedômetro (aparelho que conta a quantidade de passos dados) nas suas atividades diárias. Empenhe-se em dar 10.000 passos por dia. Se esse número for pouco para você, tente 15.000. Esse aparelhinho vai encorajá-la a fazer todas as coisas que você sabe que deveria fazer, mas não faz – por exemplo, estacionar o carro mais longe ou usar as escadas.
Abdominais ajudam a perder barriga?
Uma barriga lisinha é feita muito mais de pouca porcentagem de gordura corporal do que qualquer outra coisa. Sim, você pode definir os músculos da região fazendo abdominais, mas só isso não trará o resultado desejado, tendo em vista que será necessário queimar a gordura com dieta e exercícios para que a musculatura apareça.
É também importante entender que a perda de tecido adiposo ocorre em todo o corpo e não é possível controlar de onde o seu organismo vai tirar energia (gordura). Algumas pessoas têm tendência a emagrecer primeiro na região da cintura, outras no quadril. Tire suas medidas mensalmente para sabe quais partes estão diminuindo de tamanho. Com persistência, você verá uma boa mudança nos seus pneuzinhos!
Texto de Katie Mitchell, MS, diretora de Exercício e Pesquisa da Curves Internacional.