A manhã da quarta feira 09 de dezembro foi especial no CDT (Centro de Diagnósticos e Tratamentos) de Maricá, onde, respeitando todos os procedimentos e protocolos da Covid-19, foi comemorado o Dia Nacional dos Ostomizados (veja texto ao final desta matéria), que na verdade acontece em 16 de novembro, mas justamente, devido a pandemia, foi postergado para uma data onde todos pudessem participar com mais segurança.
Os pacientes atendidos pelo Núcleo de Ostomizados, foram recebidos um a um, onde receberam um lanche, e materiais para os procedimentos dos seus devidos tratamentos. Os materiais foram dados pela Prefeitura Municipal de Maricá e pela empresa (hoje líder no mercado nacional no segmento) COLOPLAST parceira e colaboradora da prefeitura e do Núcleo de Ostomizados de Maricá.
CRIAÇÃO:
Criado em julho de 2014, o Núcleo de Ostomizados de Maricá atende pacientes com ostomia intestinal e urinária, dando suporte psicológico, social e de enfermagem especializada na área de ostomias, com a prescrição do material adequado a cada paciente e dispensação dos mesmos!
A equipe é composta por uma assistente social (Lúcia Maria), uma psicóloga (Rossinea Cavalcante), uma enfermeira Estomoterapeuta (Elaine de Souza) e um agente administrativo.
Este belíssimo serviço foi aberto em julho de 2014, quando estes usuários eram atendidos no Pólo de Itaboraí, tendo os mesmos que se deslocarem para o município vizinho para todos os procedimentos e para conseguirem os insumos para seus tratamentos. Em 2018, Maricá foi desligada no núcleo de Itaboraí, passando a ter vida própria, onde a equipe agora mais do que nunca, faz um trabalho de excelência.
O atendimento é de segunda a sexta, das 08:00 às 16:00 horas no CDT (Centro de Diagnósticos e Tratamentos) localizado na Rua Ari Spíndola 520, Centro. Para o cadastramento de novos usuários é necessário: RG, CPF, cartão do SUS, comprovante de residência, laudo médico e uma foto 3x4.
Além do atendimento feito no CDT, a equipe comandada por Elaine Souza realiza atendimentos semanais nas residências de ostomizados que não tenham condições para o seu deslocamento até o CDT.
EQUIPE:
Elaine de Souza
Enfermeira Estomoterapeuta
Gerente do Núcleo de Ostomizados de Maricá desde a inauguração em julho de 2014
Lúcia Maria C.P. Vianna
Assistente Social desde a inauguração em julho de 2014
Rossinea M. Cavalcante
Psicóloga no setor há 3 anos
PARCEIRA E COLABORADORA:
Elaine Oliveira
Enfermeira Estomaterapeuta
Consultora Educacional da empresa Coloplast há 10 anos
16 de Novembro – Dia Nacional dos Ostomizados
Dia instituído pela Lei número 11.506/2007. Em homenagem à fundação, em 1985, da Sociedade Brasileira dos Ostomizados, a data é celebrada no dia 16 de novembro de cada ano.
Ostomizados são pessoas que utilizam um dispositivo, geralmente uma bolsa, que permite recolher o conteúdo a ser eliminado através do estoma.
Ostomia é um procedimento cirúrgico que consiste na desconexão de algum trecho do tubo digestivo, do aparelho respiratório, urinário, ou outro qualquer, e a abertura de um orifício externo, por onde o tubo será ligado. Este orifício chama-se estoma.
Um estoma normal geralmente é vermelho ou rosa-vivo, é brilhante, é úmido e redondo (podendo apresentar um alargamento em alguns casos). Logo após a cirurgia, o estoma geralmente apresenta um inchaço, mas o seu tamanho sofrerá uma redução aos poucos. O tamanho normal é de 2 a 5 centímetros de profusão, com uma abertura pequena que se dilata durante a evacuação. O local pode ser tocado normalmente, geralmente o portador não sente nada, pois o local não possui nervos. O estoma pode sangrar ao toque, durante a troca de bolsa ou durante a limpeza da pele ao redor. Isto é natural, atenção especial é exigida caso ocorra sangramento contínuo.
A ostomia é aplicada a pacientes com dificuldades respiratórias (traqueostomia), onde a traqueia é aberta abaixo do ponto congestionado e um tubo é inserido no local para permitir a entrada livre de ar.
Em casos de câncer do intestino ou outros problemas em que o intestino e o reto precisam ser parcial ou totalmente extraído, faz-se um estoma ligando a extremidade do intestino preservado à pele. É normal, nesses casos, a aplicação de uma bolsa de colostomia para o recolhimento de fezes.
O portador de uma ostomia adquire condições especiais de vida e é considerado um deficiente físico.
Após o Ministério da Saúde garantir o atendimento e o Sistema Único de Saúde fornecer equipamentos aos ostomizados, percebe-se que é cada vez maior o compromisso público com a construção da cidadania plena destas pessoas em todos os sentidos. A Lei 11.506/2007 é um exemplo de confirmação dessa luta.