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quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

MAIS UM CASO: Mulher morre após cirurgia estética feita no sofá de sua casa com médico sem permissão para atuar



 caso foi encaminhado para a Delegacia do Consumidor. O titular da especializada diz que o médico foi identificado como Antônio Santo Marchesan, estava com CRM cassado e tinha mais de 30 passagens pela polícia, algumas por homicídio em outros procedimentos estéticos

Uma mulher morreu no sábado (12/12), 15 dias após realizar um procedimento estético para lipoaspiração e intervenção nos seios. A ex-passista Erika Cristina Santos Pereira, de 41 anos, deu entrada no próprio sábado na UPA Beira Mar, no Hospital Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias (RJ), em estado grave. Segundo a Decon (Delegacia do Consumidor), o médico responsável pelo procedimento estava com o registro cassado.

Segundo a secretaria municipal de Saúde, a paciente chegou ao local às 14:42 h com quadro de choque séptico. 

"Às 16 h do mesmo dia, a paciente evoluiu com parada cardiorrespiratória, sendo realizadas todas as manobras de ressuscitação pela equipe médica de plantão, sem sucesso. O óbito da paciente Erika Cristina Santos Pereira foi declarado às 16:30 h, do dia 12", diz comunicado.

De acordo com a secretaria de Saúde, o marido da paciente relatou aos médicos que Érica começou a passar mal 15 dias antes da internação e que no último sábado apresentou falta de ar e queda do nível de consciência. As informações sobre os procedimentos estéticos também foram confirmadas à equipe pelo marido da paciente.

O caso foi encaminhado para a Decon (Delegacia do Consumidor). De acordo com a Polícia Civil, familiares da vítima foram ouvidos e os policiais aguardam o comparecimento do médico que fez o procedimento para prestar esclarecimentos na unidade policial. "Os agentes já requisitaram o boletim de atendimento médico e realizam diligências para esclarecer o fato", informou a Polícia.

Segundo a Decon, o médico, responsável pela cirurgia, responde a mais de 30 procedimentos administrativos no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, além de ter o número no CRM (Conselho Regional de Medicina) cassado.

VAIDADE BURRA: Ex-passista fez procedimento em casa

Erika era ex-passista e fez o procedimento dentro de casa. A mãe dela, Scheila Pereira, contou que a filha era muito vaidosa.

"Minha filha era esteticista profissional, tinha um médico particular que sempre cuidou do corpo dela, era um médico de confiança que chegou a dizer para ela que não faria mais nada [intervenção no corpo]. Isso era uma doença, um vício", afirmou a mãe.

Erika era mãe de um casal e pretendia voltar a desfilar. De acordo com Scheila, ela era apaixonada por samba e foi passista da Grande Rio.

No hospital, a família foi informada que Erika desenvolveu um quadro de infecção em decorrência dos procedimentos realizados.

"Eu só fui chamada para socorrer a minha filha. Não sei como minha filha encontrou esse médico que fez isso [o procedimento].

Um amigo de Erika, que preferiu não ter o nome divulgado, disse que a ex-passista era uma pessoa de bem com a vida.

"Era uma pessoa muito alegre, de bem com a vida. Solidária e muito extrovertida. Mesmo quando estávamos mal, ela nos contagiava com a energia. Muito carinhosa também. Uma pessoa apaixonada pela família dela e principalmente pelos filhos. Ela adorava sambar, ver as pessoas que ela gostava, felizes e alegres. Muito carismática e dono de um sorriso contagiante", afirmou o amigo.

A reportagem tenta contato com os responsáveis pelo procedimento, e atualizará a matéria assim que houver um posicionamento.