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terça-feira, 28 de julho de 2020

Israel cria bafômetro que identifica portador de coronavírus em um minuto

Gabby Sarusi desenvolveu o dispositivo de teste de respiração para detectar coronavírus. Para fazer o teste, o indivíduo deve soprá-lo
O pesquisador israelense Gabby Sarusi, da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, desenvolveu uma espécie de teste de bafômetro que identifica portadores do coronavírus –causador da covid-19– em um minuto. Testes indicaram que o dispositivo tem precisão acima de 90%.

O dispositivo desenvolvido em Israel é composto por um kit de 7 centímetros acoplado a uma cápsula que contém um chip eletrônico com milhares de sensores.

Para fazer o teste a pessoa deve soprar o dispositivo por quase um minuto. Os sensores analisam as partículas da respiração e fornecem um resultado positivo ou negativo em 20 segundos, mesmo que a pessoa não apresente sintomas. O chip do bafômetro é ainda conectado a um sistema de nuvem que insere os resultados automaticamente em uma base de dados que ficará à disposição de autoridades.

O sistema do dispositivo também permite que o teste seja feito com amostras biológicas por meio de cotonetes de garganta e nariz – já usadas atualmente para outros exames.


Gabby Sarusi desenvolveu o dispositivo de teste de respiração para detectar coronavírus.
Para fazer o teste, o indivíduo deve soprá-lo


A universidade, em conjunto com o Ministério da Defesa de Israel, realizou ensaios clínicos (testes em humanos) em mais de 120 israelenses. A taxa de sucesso foi superior a 90% em comparação com os testes de reação em cadeia da polimerase (enzima que sintetiza longas cadeias de polímeros ou ácidos nucleicos) que permitem que uma única região curta de uma molécula de DNA seja transformada em milhares de cópias idênticas. Testes em andamento tentam fazer com que o aparelho identifique ainda o estágio específico da infecção por covid-19.

“Desde o início dos testes, recebemos resultados estatisticamente significativos, de acordo com nossas simulações e testes de PCR”, disse Sarusi na entrevista ao jornal israelense Breaking Israel News. “Estamos continuando os ensaios clínicos e comparamos amostras de pacientes com covid-19 com amostras de pacientes com outras doenças para ver se conseguimos identificar os diferentes estágios da infecção por covid-19”.

Gabby Sarusi é vice-chefe de pesquisa da Escola de Engenharia Elétrica e de Computação e membro do corpo docente da Unidade de Engenharia Eletro-Óptica da BGU de Negev. Segundo ele, o bafômetro será vendido a um preço muito mais baixo do que qualquer outro método disponível.

“Cada kit de teste custaria entre US$ 50 e US$ 100 para produzir, o que é muito menor do que os testes de laboratório atuais. Além disso, como o teste é de natureza eletro-óptica, e não bioquímico, não é sensível a fatores ambientais que podem afetar os resultados dos métodos de teste atuais”, afirmou.

O bafômetro foi submetido à Food and Drugs Administration, a agência norte-americana de controle de alimentos e medicamentos. Se aprovado, Sarusi diz que o bafômetro pode chegar ao mercado em outubro ou novembro. O dispositivo deve ser utilizado em aeroportos, perto dos postos de controle, cruzeiros marítimos ou na entrada de empresas.

Uma equipe do Ministério de Relações Exteriores de Israel foi à universidade para filmar o professor Gabby Sarusi em seu laboratório demonstrando o teste de respiração de um minuto. Assista abaixo (2min09):


OUTROS TESTES
Além da Universidade de Ben-Gurion, as empresas israelenses Next-Gen e Scentech Medical também estão desenvolvendo soluções parecidas com a mesma técnica de identificar a covid-19 pela respiração.

A israelense NanoScent também desenvolve outro tipo de teste por meio da respiração, mas pelo nariz em um tubo posicionado em uma das narinas. O tubo é então conectado a um pequeno dispositivo. Este é conectado a um telefone celular, responsável por informar se há ou não infecção. Testes em curso em Israel têm resultados com cerca de 85% de precisão.

Segundo a NanoScent, esse teste dispositivo olfativo não deve substituir os laboratoriais. Isso porque ele permitirá determinar a presença do novo coronavírus, não a de anticorpos. Se o resultado for positivo, um indivíduo deverá ser submetidos a exames mais detalhados.