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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

GRACY DE JESUS PARTICIPA DA EXPOSIÇÃO SOBRE A PREVENÇÃO AO CÂNCER DE MAMA: O PERIGO DO CÂNCER DE MAMA NAS NEGRAS

Câncer de mama: 3 coisas sobre mulheres negras


Outubro é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, e tem como principal objetivo incentivar que as mulheres façam o exame de rotina e o auto exame para uma possível prevenção dessa doença – que  a maior causa de morte por câncer nas mulheres em todo o mundo, com cerca de 522 mil mortes estimadas por ano.

Desde 2012, a PR Produções realiza a exposição fotográfica sobre a prevenção do câncer de mama, com mulheres de todas as idades, credos, profissões e condições sociais. Chama de Outubro Rosa: prevenção do câncer de mama, em 2016, com o advento da popularização dos smartphones e das redes sociais através do uso deste aparelho, o produtor Pery Salgado, ouviu de várias mulheres que elas esperavam o mês de outubro para se fazer os exames na prevenção do câncer de mama. Mas como assim? E nos demais meses? Alguma coisa estava errada. A prevenção tem que ser diária e não só em Outubro.

Foi pensando nisso que mudou o título, passando a chamar a exposição de "Câncer de mama: prevenção de janeiro a janeiro", como a mantém até hoje.


Na exposição fotográfica, também é apresentada uma vasta literalutura sobre o tema, e hoje vamos falar do câncer de mama em mulheres negras, muito mais agressivo do que em mulheres de outras raças.

Preparamos um lista com 3 coisas sobre a doenças relacionadas às mulheres negras:

# 1 – Mulheres negras tendem a ter alterações genéticas que favorecem o aparecimento do câncer de mama antes do 40 anos de idade.

A partir de pesquisas na Universidade de Buffalo, Estados Unidos, realizadas entres 2009 e 2011, identificou se anomalias genéticas no DNA de 106 famílias afrodescendentes. Entre as anomalias, os genes BRCA1 e BRCA2, conhecidos por aumentar  a incidência de câncer de mama nas mulheres.


# 2 – As mulheres negras estão mais sujeitas ao surgimento do câncer triplo-negativo

O câncer chamado Triplo Negativo é duas vezes mais comum em mulheres negras. É um tipo mais agressivo, de difícil de identificação e que tem mais facilidade em se espalhar pelo corpo.


#3 – Mulheres negras e pobres são as que mais sofrem com a falta de informação e tratamento tardio da doença.

Dada a relação direta entre cor e pobreza, as mulheres negras normalmente dependem do SUS (Sistema Único de Saúde) para atendimento e diagnostico. As campanhas de prevenção não chegam com facilidade e instruções sobre o auto exame também são distantes, isso é resultado da falta de instrução que envolve a população negra de forma geral.


Mas o que seria o câncer triplo-negativo?

Quem está suscetível a ter o câncer de mama triplo-negativo?

De maneira geral, qualquer pessoa está suscetível a ter esse tipo de patologia, no entanto pesquisas apontam que o triplo-negativo se manifesta mais frequentemente em mulheres com idade menor que 40 anos. Ele também acomete mulheres hispânicas/latinas; mulheres afro-americanas e mulheres que apresentam mutações nos genes BRCA1/BRCA2 em um índice maior que os demais grupos. Ambos os genes (BRCA1 e BRCA2) têm uma função protetora no organismo contra o aparecimento de cânceres. Quando há mutação nesses genes, a capacidade protetora é perdida, aumentando as chances de aparecimento de tumores malignos. Segundo o Dr. Ricardo Caponero, presidente Conselho Técnico-Científico da FEMAMA, por serem genes transmitidos aos descendentes, alguns tipos de tumores triplo?-negativos estão associados a essas mutações genéticas, uma vez que os genes BRCA1/BRCA2 são responsáveis por uma parcela das neoplasias de mama que tem ligação com a hereditariedade. Nesse caso a doença costuma acontecer em mulheres mais jovens e com história familiar para câncer de mama ou ovário.


Por que o triplo-negativo é considerado o câncer mais agressivo dos 4 subtipos?

Além de não se saber ao certo a origem do tumor, o que dificulta a busca por tratamentos-alvo, o triplo-negativo acelera o crescimento das células (o que faz com que ele apareça em um mês, por exemplo) produzindo metástases, ou seja, atingindo outros órgãos em um menor espaço de tempo se comparado aos outros tipos de câncer de mama. Somado a esses fatores, as chances de recidiva (reaparecer) são altas.


Segundo o Dr. Gilberto Amorim, integrante do Conselho Técnico-Científico da FEMAMA, “até mesmo o grupo de triplo-negativo não se trata de um único tipo de doença”. Os tipos de triplo-negativo podem ser distintos entre si. Alguns tumores na mama podem não expressar HER2 e nem hormônios e não são tão agressivos quanto o clássico triplo-negativo. Isso dá espaço para mais questionamentos e dúvidas entre os profissionais de saúde, uma vez que o triplo-negativo é, resumidamente, um bloco de doenças caracterizado pela ausência dos biomarcadores. E por mais que hajam características em comum os cânceres desse tipo, são na realidade doenças distintas ainda em fase de pesquisas sobre a patologia e avanços médicos para tratamentos-alvo.


JOVEM MODELO NEGRA PARTICIPA DA CAMPANHA DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE MAMA

Greyciane de Aguiar de Jesus, nascida em Niterói, é moradora do Condomínio MCMV de Itaipuaçu. Estudante, manicure, faz salgadinhos para vender e aumentar suacrenda para ajudar a criar seu filho. "Me previno do câncer de mama uma vez ao ano, indo ao médico e fazendo exames necessários".

Para conferir todas as fotos do ensaio pelas lentes do produtor Pery Salgado, acesse: