ATENÇÃO: AS MATÉRIAS POSTADAS NO CULTURARTEEN ATÉ 21 DE SETEMBRO DE 2019, PODEM SER ACESSADAS ATRAVÉS DO ENDEREÇO:
EM RESPEITO E CUIDADO AOS NOSSOS LEITORES, PARA EVITAR O MANUSEIO EXCESSIVO DA VERSÃO IMPRESSA DO INFORMATIVO CULTURARTEEN, TEMPORARIAMENTE ESTAREMOS CIRCULANDO APENAS NA VERSÃO ON LINE E NA REVISTA ELETRÔNICA.

domingo, 1 de dezembro de 2013

INTERNET ESTÁ ATRAPALHANDO SEXO DE CASAIS

TECNOLOGIA ESTÁ ROUBANDO A ATENÇÃO DE CASAIS PARA O SEXO
Uso excessivo de aparelhos e redes sociais faz cair à freqüência sexual, diz estudo.

Na era da tecnologia, smartphones, tabletes e notebooks estão ganhando status de amantes e formando um triangulo amoroso com os casais. Pelo menos, esta parece ser a situação no Reino Unido, onde um estudo com 15 mil entrevistados concluiu que a freqüência média de sexo é de menos de cinco vezes por mês. Os pesquisadores atribuíram à culpa do numero baixo à vida moderna: cada vez mais, pessoas levam aparelhos tecnológicos para o quarto para acessar e-mails e redes sociais e deixam de lado o que realmente interessa em um relacionamento.
No Brasil, o dado mais recente sobre média de relações sexuais é de três vezes por semana. Embora não haja estudos no país relacionando tecnologias ao comportamento dos casais, o terapeuta sexual Arnaldo Risman acredita que o fenômeno comprovado no Reino Unido também já ocorre por aqui.
- A necessidade de ficar conectado 24 horas por dia diminui a intimidade entre o casal. Não é nem falta de romantismo, mas uma questão fisiológica, porque existe uma dificuldade de desvinculação mental. Para o cérebro focar na relação sexual, ele precisa se desligar das outras obrigações – opina Risman.
A psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, coordenadora do Projeto AmbSex, concorda.
- Já recebo alguns pacientes com essa queixa. Facebook é uma praga, a pessoa entra e não quer sair mais. Isso rouba a atenção que poderia ir para o parceiro – diz a especialista, que ouve mais reclamações de homens preteridos em relação às mulheres.
Além da queda da freqüência sexual, o exagero no uso de tecnologias implica perda na comunicação entre o casal, o que pode ser um pontapé inicial até para uma separação.

Mais sintoma do que causa de problemas
Para Carla Cecarello, a intromissão de equipamentos tecnológicos e redes sociais na vida a dois é mais um sintoma do que causa de problemas.
- Em geral, a pessoa alega que não tem a atenção do outro e, então, começa a se distrair com este tipo de coisa. Ou seja, o casal já estava em conflito, que passa a ficar em evidência com a situação – diz a psicóloga e sexóloga.
Quando o distanciamento fica explicito, a saída é uma das partes tomar a iniciativa e chamar o parceiro para uma conversa franca. Identificar divergências e tentar encontrar uma proposta diferente para o relacionamento devem estar no roteiro do bate-papo.
- Quando o uso das tecnologias se torna um vício, um precisa ajudar o outro a procurar ajuda profissional em busca de uma solução – orienta Carla Cecarello.
O psicólogo Thiago de Almeida, especialista em relacionamentos amorosos, também acredita que o uso das tecnologias em excesso apenas reflete problemas já existentes na relação.
- Só não acho justo colocar estes mecanismos, que podem nos ser muito úteis, como bode expiatório. Claro que eles demonstram desinteresse, seja do homem ou da mulher, mas isso poderia ser representado por um livro, um filme ou uma novela. A questão é que, hoje, os meios tecnológicos são a bola da vez. Essa culpabilização é absurda – critica Almeida.