O projeto Espraiado de Portas Abertas, comemorou ontem (05/6), o Dia Mundial do Meio Ambiente, cujo tema proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2011 é “O Ano das Nossas Florestas”.
O evento aconteceu no Sítio do Riacho, que celebrou a data com uma esplêndida festa junina. Apesar das chuvas que caíram pela manhã, cerca de 150 pessoas prestigiaram o evento, que contou com a presença do presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente, Tiago de Paula; da subsecretária de Políticas para o Idoso, Denise Fortes; do grupo Alegria de Viver, da Casa da 1ª a 3ª Idade, e dos alunos do Serviço de Atendimento e Recuperação Especializada de Maricá (SAREM), além de muitos outros convidados e pessoas da comunidade.
Turismo Rural
A coordenadora do projeto Espraiado de Portas Abertas, Regina Sbould, explicou a importância do trabalho: “Iniciamos em dezembro de 2008, e desde então, o projeto vem crescendo a cada edição. A idéia é oferecer ao visitante um circuito de turismo rural através da cultura (artesanato local, como as Tapeceiras do Espraiado, música e literatura regionais), sítios históricos (capelas e fazendas), ecologia (caminhadas e visitação a pontos ecológicos), com muito lazer, e acho que temos atingido o objetivo”, celebra.
Houve apresentação de berrante, pelo tocador de tropa e ferrador Noronha, cantorias com João Gonzagão, samba ecológico, com Élcio Augusto, e contação de histórias, pelo índio Dauá Puri, que está lançando o livro de poemas “A Árvore da Vida”, com apoio do Fundo Municipal de Proteção e Preservação Ambiental de Maricá. Houve também quadrilha com o grupo Alegria de Viver, vestido a caráter.
Não faltaram as comidas típicas da região: doces como cuzcuz, bolo de aipim, bolo de fubá, torta de banana com granola, bolo de brigadeiro, angu à baiana, e salgados: bolinhos de feijoada, abóbora com carne seca, aipim com banana da terra, licores e vinhos. O almoço contou com uma sobremesa inusitada: pudim de cachaça.
Unidades de Conservação
A sitiante Dulcinéa Aguiar, voluntária do projeto, informou que uma ONG está sendo elaborada para dar suporte ao trabalho: “O crescimento é uma lei natural. Outros sitiantes se engajaram ao projeto. A Prefeitura de Maricá tem sido um bom parceiro. Apoiamos totalmente a iniciativa das Unidades de Conservação, que incluem o Espraiado, beneficiando também o projeto, por proporcionar maior conscientização ecológica”, declarou.
O presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente, Tiago de Paula, declarou que Maricá hoje detém uma área maior de preservação de florestas do estado: “Maricá deu a partida, criando um cinturão verde de 130 quilômetros quadrados de Mata Atlântica preservada. Temos espécies secundárias tardias, pau-brasil, jequitibás e outras, com idade variando entre duzentos a quatrocentos anos, uma riqueza ecológica sem medida. Nosso dever agora é fiscalizar e conservar esse patrimônio. Esperamos que outros municípios da região façam o mesmo”, disse.
Texto: Fernando Uchôa Fotos: Clarildo Menezes