Hora do Planeta deixa monumentos e parte da orla do Rio às escuras
Evento de ONG internacional busca alertar para aquecimento global. Cristo Redentor, Pão de Açúcar e orla de Copacabana ficaram apagados.
Promovida pela WWF, organização não-governamental dedicada à conservação da natureza, a “Hora do Planeta” convidou a população a apagar as luzes durante uma hora como forma de protesto contra o desmatamento e as mudanças climáticas. O evento teve sua primeira edição em 2007 e, este ano, o Brasil participou pelo terceiro ano consecutivo. Em 2010, a Hora do Planeta reuniu mais de um bilhão de pessoas em 4,2 mil cidades, em 125 países. Monumentos como Cristo Redentor, Torre Eiffel, London Eye, Fontana de Trevi e Empire State foram alguns dos 1.383 ícones que ficaram no escuro por 60 minutos. A expectativa d superar a marca de 2010, com mais de um bilhão de pessoas aderindo à campanha foi atingida. Sete pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro foram apagados às 20h30 deste sábado (26) durante a Hora do Planeta 2011. O “apagão do bem”, uma campanha mundial da ONG WWF, de proteção à natureza, durou uma hora e serviu para alertar os cariocas e os povos do mundo inteiro sobre o aquecimento global e a necessidade de conservar o meio ambiente. Monumentos como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, os Arcos da Lapa, o Monumento aos Pracinhas, a orla das praias de Copacabana e do Arpoador, a Igreja da Penha e a Catedral Metropolitana ficaram às escuras por uma hora. Em 2011, o primeiro minuto da Hora do Planeta foi dedicado às vítimas de tragédias causadas por fenômenos naturais, como o terremoto e a tsunami no Japão, que vitimaram mais de 10 mil pessoas, e as enchentes no Brasil e na Austrália. Evento aberto ao público Pela primeira vez, um evento aberto ao público para celebrar a Hora do Planeta foi realizado no Rio, e contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório. Eles desligaram simbolicamente as luzes da cidade. Sete pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro foram apagados às 20h30 deste sábado (26) durante a Hora do Planeta 2011. O “apagão do bem”, uma campanha mundial da ONG WWF, de proteção à natureza, durou uma hora e serviu para alertar os cariocas e os povos do mundo inteiro sobre o aquecimento global e a necessidade de conservar o meio ambiente. O Cristo ficou às escuras para alertar sobre aquecimento global
(Foto: Marcos de Paula / AE) Monumentos como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, os Arcos da Lapa, o Monumento aos Pracinhas, a orla das praias de Copacabana e do Arpoador, a Igreja da Penha e a Catedral Metropolitana ficaram às escuras por uma hora.
Os Arcos da Lapa ficaram às escuras às 20h30 deste sábado
(Foto: J. P. Engelbrecht / Prefeitura do Rio) Um palco foi montado em frente aos Arcos da Lapa e reuniu artistas como o cantor Toni Garrido. As baterias das escolas de samba Mangueira, Portela, Grande Rio e União da Ilha também se apresentam no evento, que é gratuito. Campanha acontece em 130 países De acordo com a WWF, vários municípios brasileiros, incluindo 17 capitais, participaram do projeto. Segundo a ONG, 3,8 mil cidades de 130 países em todo o mundo confirmaram a participação na Hora do Planeta. “A meta de 25 megacidades foi alcançada, com Tóquio, São Paulo, Toronto, Nova York, entre outras", disse Regina Cavini, superintendente do WWF-Brasil Os principais monumentos e atrações turísticas de 98 cidades brasileiras, entre elas o Cristo Redentor e a barragem da hidroelétrica de Itaipu, permaneceram neste sábado às escuras por uma hora em uma demonstração do apoio do Brasil à luta contra a mudança climática. As cidades brasileiras, entre as quais 15 capitais regionais e cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, apagaram as luzes que iluminam seus principais monumentos durante a chamada "Hora do Planeta", a mobilização mundial da organização ambientalista WWF contra o aquecimento global. Além de milhares de brasileiros que apagaram as luzes de suas casas às 20h30, durante uma hora também ficaram às escuras monumentos e pontos turísticos como a praia de Copacabana, o Jardim Botânico de Curitiba, a estátua de Iracema de Fortaleza e o estádio Pacaembu de São Paulo. Em Brasília, a sede do Congresso também apagou as luzes, bem como o Palácio do Buriti e Anexo, o Memorial JK, o Teatro Nacional, a Catedral, o Museu do Índio, o Complexo Cultural da República e a Ponte JK. A adesão das cidades brasileiras à iniciativa mundial este sábado foi muito superior à do ano passado, quando 72 cidades apagaram suas luzes e Rio de Janeiro deixou pela primeira vez às escuras o enorme Cristo Redentor. A grande novidade este ano foi o espetáculo musical oferecido pela Prefeitura do Rio de Janeiro nos Arcos dá Lapa, onde a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o prefeito Eduardo Paes apagaram simbolicamente as luzes de toda a cidade. O espetáculo começou com a apresentação de artistas como Tony Garrido, mas, às 20h30, quando os próprios Arcos ficaram na penumbra, o evento foi animado pelas baterias de quatro das principais escolas de samba que desfilam no Carnaval do Rio de Janeiro. Entre as instituições que aderiram formalmente à "Hora do Planeta" este ano figura a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, que recomendou a seus 2.400 associados a divulgar notícias sobre a iniciativa. "A Hora do Planeta 2011", que pretendeu envolver mais de um bilhão de pessoas e mobilizar 3.800 cidades do mundo, teve atos hoje em pelo menos 131 países e em 26 megacidades. As outras capitais brasileiras que apagaram as luzes de seus principais monumentos foram Aracaju, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Teresina e Vitória. EFE "O objetivo do movimento não é economizar energia, reduzir gastos, nada disso. A meta é a conscientização que nós precisamos ter para com os cuidados com a natureza. Você vê, nossas fontes de energia vão estar escassas daqui a 20 anos. A Hora do Planeta serve pra isso, para que as pessoas possam refletir no que elas estão fazendo para colaborar com os esforços pró-Natureza... é claro que isso, pra muita gente, não significa nada. Pra elas, a consequência a longo prazo pode ser pior, porque são elas que dirão "queria ter economizado mais". Entendeu? O objetivo é só simbólico, não prático." informou a jovem ativista Gabriela Lopes