Relembre a carreira na voz de Joelmir Beting
Joelmir Beting escrevia uma coluna diária em seu início no jornalismo econômico
Joelmir Beting ingressou no jornalismo em 1957Divulgação/Band
Da Redação, com BandNews FM noticias@band.com.br
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Desde os tempos de menino na cidade de Tambaú, no interior de São Paulo, até a consolidação no jornalismo, Joelmir Beting colecionava histórias para contar. Nas conversas publicadas abaixo, ele aborda desde o período em que trabalhava com o pai até o momento em que sentiu saudades da TV e do rádio, após menos de um ano fora do ar.
Comentarista da Band, Joelmir Beting morreu na madrugada desta quinta-feira, aos 75 anos. Ele estava internado desde o dia 22 de outubro no hospital Albert Einstein, em São Paulo – sendo que, no último domingo, o jornalista sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico.
Neste trecho, Joelmir conta como foi sua infância:
“Eu com meu pai participava, aos 7 anos, da coleta de banana. Eu era um boia-fria. Saía de casa às 5h de caminhão e voltava para casa por volta das 10h30, 11h, para ir à escola de 12h às 17h. Depois, em casa, eu começava a fazer todas as lições porque eu queria ser o primeiro aluno da classe”.
Joelmir lembra também do momento em que trocou o jornalismo esportivo pelo econômico, em 1962:
“Na verdade, eu e mais dois colegas decidimos tentar trabalhar em uma editoria de economia, para o entendimento do grande público. Eu aí parti para uma coluna diária, onde eu deveria estabelecer o padrão do texto: como traduzir tudo isso para o entendimento de uma dona de casa. Então, se a minha mãe lesse e entendesse sobre câmbio, trigo ou Fundo Monetário Internacional, é por aí que a gente ia desenvolver a coisa. E foi assim que a gente começou”.
Já consolidado como jornalista econômico, Joelmir aborda a realização de um evento na Bahia, no noticiário “Momento Econômico”:
“O presidente do IBC, o baiano Camilo Calazans, abriu ontem na Bahia o Simpósio sobre Café e Cultura no Nordeste. O encontro de Salvador começa a discutir um temário necessariamente técnico, mas de marcada conotação política”.
Joelmir Beting se recorda também do seu início no Grupo Bandeirantes:
“O seu João (Carlos Saad, fundador do Grupo Bandeirantes de Comunicação) era quase um pai e foi quem me trouxe para cá. Eu, inclusive, participei com o Salomão (Ésper) e com o José Paulo (de Andrade) da montagem do Jornal Gente (da Rádio Bandeirantes), que foi ao ar da noite para o dia com a perda repentina do (Vicente) Leporace. Perguntamos; será quem com três não dá para substituir um?”
“Depois que saí da televisão, em 2003, não passou um ano e eu fiquei com uma enorme vontade de voltar a fazer TV, e rádio. E queria voltar para a Bandeirantes, e só para a Bandeirantes”.
