G1 elege os momentos marcantes do Salão de SP 2012
Veja seleção dos 10 principais lançamentos do evento.
Edição 2012 terminou no último domingo (4); próxima será em 2014.
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O Salão de São Paulo 2012 foi encerrado no último domingo (4) e ficou marcado por estreias mundiais de carros e pelo peso do segmento de compactos, especialmente hatchbacks: quase todas as grandes montadoras expuseram no Anhembi um modelo recém-lançado ou que já tem data para chegar às lojas. O G1 preparou um resumo do evento em seis tópicos. Veja abaixo e vá matando a saudade da feira, que é bienal: a próxima edição será só em 2014.
O Salão neste ano mostrou que ganhou importância no calendário mundial. Três montadoras deixaram para estrear ali 3 carros: o Ford New Fiesta Sedan, o Mercedes SLS 45th Editione o conceito Volkswagen Taigun.
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Eles fazem parte da lista dos "10 lançamentos" que o G1 elaborou e que estão na galeria acima (ou clique aqui para ver e ampliar as fotos). A ordem é a de apresentação, não de importância, pois a lista não se configura um ranking.
Apesar de o Taigun ser ainda um conceito e não ter data para virar realidade, ele entrou na relação porque é uma das promessas futuras para o Brasil. Sobre a pplataforma do Up!, o SUV compacto foi desenvolvido por brasileiros e pensado parao país.
Apesar das supermáquinas e dos carros futuristas, tradicionais como chamariz dos salões, o segmento dos compactos roubou a cena nesta edição –e no ano, no mercado automobilístico, como um todo. Dividiram holofotes os recém-lançados Hyundai HB20 (em estande-formigueiro), Toyota Etios e Citroën C3 com o Chevrolet Onix, Renault Clio (reestilizado),JAC J2, Gol duas portas (também com novo visual) e HB20X (versão “aventureira” do hatch), lançados no Salão, e os próximos concorrentes, Peugeot 208, Ford New Fiesta (reestilizado também) e Chery Celer, que será o primeiro da montadora chinesa a ser feito no Brasil.
Primeira vez o Salão contou com test drive. A organização iria realizar uma ação própria, em uma fazenda no interior de SP, mas ela acabou cancelada às vésperas do evento por falta de carros. Mas duas marcas deram o gosto ao público, com experiências gratuitas. A Audi colocou nas mãos de 21 “sortudos” por dia modelos de R$ 300 mil a R$ 1 milhão –a maior “promoção” do evento veio, inesperadamente, segundo a marca, do craque Neymar, que emprestou um dos carros ao sair do salão. O R8 Spyder virou “o Audi de Neymar”. A Land Rover levou um “off-road” de ferro ao estacionamento do Anhembi, para demonstrar o potencial de seus veículos. O G1 experimentou as duas iniciativas, veja aqui como foi.
Falando de Neymar, o jogador do Santos foi a maior estrela do Salão. Garoto-propaganda da Volkswagen, ele saiu do Anhembi com o Audi de R$ 850 mil emprestado, mas foi ao evento, na verdade, para promover o Gol duas portas reestilizado, que custará a partir de R$ 26,6 mil. Na apresentação, fez “dupla” com Martin Winterkorn, o chefe-executivo mundial da Volkswagen, uma das presenças de peso das montadoras, que também sinalizaram a importância do salão.
Outras marcas recorreram a famosos para divulgar seus carros. A Toyota deu as chaves de um Prius a Zico; a Peugeot levou Gustavo Kuerten, garoto-propaganda do 308; a Chevrolet contou com Fernanda Lima e um time de cantores que se apresentaram diariamente em seu estande; e a Kia pegou carona no sucesso da nova “Avenida Brasil” e levou a “Tessália” para mostrar o sedã de luxo Quoris. A atriz Débora Nascimento quase ofuscou o principal lançamento da marca, o Kia Cerato...
Assim como em 2010, o assunto “fábrica no Brasil” foi invariavelmente mencionado nas apresentações das montadoras. O principal anúncio foi o da BMW, que, finalmente confirmou que irá se instalar no país, em Santa Catarina. Ainda não foi revelado, porém, se a marca apenas vai montar os carros aqui (em sistema CKD, de Complete Knocked Down) ou se realizará no Brasil todas as etapas de produção.
A Chery mostrou o Celer (antigo Fullwin), confirmando mais uma vez que ele será o primeiro modelo a ser produzido no Brasil, na planta de Jacareí (SP). A Suzuki afirmou que o Jimny atual será nacionalizado no ano que vem, mas o preço não muda. Haverá, no entanto, uma versão mais barata. A Mitsubishi detalhou que o ASX começa a ser feito no Brasil a partir da segunda metade de 2013 e disse que pretende dobrar a produção local até 2015.
Uma das mais críticas ao novo regime automotivo, o conjunto de regras do governo federal para montadoras, que determinou uma cota de carros importados que poderão escapar do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a Kia disse que continua estudando a ideia de abrir uma fábrica aqui. A chinesa Haima, que estreia oficialmente no mercado neste ano, afirmou ter um plano para se nacionalizar.
Um dia antes de o salão abrir, em seu primeiro pré-show no Brasil, a Volkswagen anunciou investimento de R$ 427,8 milhões para o setor de pintura da fábrica de Taubaté (SP). Mais R$ 315 milhões já haviam sido confirmados para a unidade de São Carlos (SP), que fabrica motores. Apesar da expectativa da fabricação de um compacto baseado no Up! em Taubaté, a marca nada comentou sobre isso. O Up! apareceu nas versões GT e no conceito Buggy.
A Toyota anunciou que o Prius começa a ser vendido no Brasil no ano que vem, por “cerca de R$ 120 mil”. O híbrido (com um motor a gasolina e outro a diesel) é o maior sucesso da montadora na categoria de carros “verdes”. Outros modelos híbridos e elétricos foram expostos, mas nenhum foi confirmado para venda no Brasil, além dos já conhecidos. A Renault chamou a atenção com o pequeno Twizy –até a presidente Dilma entrou nele. O Fusca, nome ressuscitado pela Volkswagen para a nova geração do Beetle, apareceu como conceito elétrico (E-bugster). E conceitos futuristas como Renault Captur e Citroën Survolt foram alvos de muitos cliques dos visitantes. Por falar em tecnologia, vale a menção ao Volvo V40, lançado no salão, primeiro a contar com airbag para pedestres.