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sábado, 25 de outubro de 2014

Como tornar o sexo oral mais gostoso

Como preliminar ou como substituto do sexo com penetração para dar uma variada de quando em quando, o sexo oral é uma das modalidades que mais agradam a homens e mulheres. Mas, para funcionar bem, é preciso que os dois estejam a fim de colocar a boca e a língua como órgãos sexuais de destaque na diversão a dois.

“Ele é excitante não apenas pela ação de estimulação, mas também quando quem o recebe está consciente de que o outro está gostando de fazê-lo”, afirma a terapeuta no ensino das artes sensuais e sensual coach Geise Cavaliere. “Além de enorme prazer, o sexo oral gera um estreitamento na relação”, continua.

Preparação

Como tudo no que diz respeito à sexualidade, o sexo oral começa antes do ato em si. A preparação é indispensável e focada na higiene.

“Lavar os genitais com água corrente é uma prática importante. Nas mulheres, eliminará as secreções comuns que aderem nas reentrâncias e ficam se degradando ao longo das horas, causando odor ou sabor que incomode. Já nos homens, acabará com os odores fortes de que as mulheres reclamam, que podem vir da urina ou do acúmulo de secreções ao redor da glande, a cabeça do pênis”, explica Oswaldo M. Rodrigues Jr., psicoterapeuta sexual do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex).

A lavagem, como Oswaldo destacou, deve ser com água corrente e nada mais. “Não se deve passar desodorantes para ‘disfarçar’ o cheiro que o corpo tem nem lavar os genitais com álcool ou perfumes. O álcool queima as mucosas e peles da região, provocando muitas dores e ardores”, esclarece.


Se isso não for suficiente e o cheiro ou o gosto natural do pênis ou da vagina incomodar, dá para contar com a ajuda de óleos e géis comestíveis com perfume e sabor, encontrados em sex shops. “Eles podem ser depositados nos testículos, no pênis e na entrada da vagina”, orienta Geise.

Exploração e comunicação

Os segredos do sucesso no sexo oral são a disposição para explorar o prazer alheio e a abertura da comunicação.

A exploração consiste em começar lentamente. Geise sugere que seja “com leves carícias, lambidas, beijinhos, para então passar para a engolida peniana ou a introdução da língua na vagina”. Masturbar o/a parceiro/a suavemente antes também ajuda, como diz Oswaldo: “Homens e mulheres devem atentar que o sexo oral também exige que as mãos sejam usadas para auxiliar no prazer. Tocar e estimular as áreas genitais é importante”.

À medida que o clima esquentar, quem está fazendo o sexo oral deve variar pressão, velocidade e forma de estímulo, para perceber o que deixa o outro mais satisfeito.

É aí que entra a comunicação: quem recebe o sexo oral deve falar, com palavras diretas, o que está funcionando. Segundo Oswaldo, “esse é o caminho para que se saiba o que fazer voluntariamente para dar prazer”.

O que evitar

Morder, ainda que de leve, é algo que nunca deve ser feito no sexo oral. A região genital é muito sensível. “E o objetivo não é provocar dor”, resume Oswaldo. Tentar forçar o outro a fazer determinados movimentos também é vetado, por causar desconforto, de acordo com Geise.

Outra atitude a ser evitada é falar de modo bruto, recomenda Oswaldo. “Mesmo que seja ‘de brincadeira’, palavras hostis são sempre hostis e deixarão um mal estar, além de cortar o barato”, afirma o psicoterapeuta sexual.

Não se esqueça da camisinha

Há que se lembrar que doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) podem ser contraídas via sexo oral. Assim, especialmente em relacionamentos não-exclusivos, é importante usar a camisinha também nessa prática. Outra vantagem em seu uso é aproveitada pelas mulheres que não querem sentir o gosto do esperma do parceiro.

Como quase ninguém aprecia o gosto do látex, nessa hora as camisinhas com sabor são a melhor pedida. Morango, laranja e banana são as que mais agradam às mulheres.

* Raquel Paulino, especial para o iG