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domingo, 29 de setembro de 2019

BUMBUM DE DAR INVEJA

Implante de silicone na região glútea tem aumento de 30%


As “curvas” das mulheres brasileiras fazem sucesso e, como se sabe, o BUMBUM foi eleito preferência nacional. Preocupados em não ficarem de fora dessa “eleição”, muitas mulheres investem pesado na malhação, porém, quando mesmo intensificando a série de agachamentos passa a não ser suficiente, elas partem para uma medida um pouco mais incisiva: o implante de silicone. Segundo o cirurgião plástico José Augusto Peçanha, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, nos últimos anos ocorreram muitos avanços da técnica e da qualidade das próteses , além do aumento de 30% no uso das próteses.


“Atualmente, as próteses são colocadas por uma pequena incisão no sulco interglúteo e posicionadas internamente dentro do músculo glúteo, o que confere a elas um aspecto mais natural. As próteses evoluíram com diversas opções de formato redondo ou anatômico e também de projeção, além do gel de preenchimento ser capaz  de reproduzir os tecidos moles e ter melhor adequação do implante”, ressalta Peçanha, acrescentando que o corpo reage à prótese como se fosse um corpo estranho, criando uma cápsula fibrosa na intenção de isolação, uma reação normal.


O cirurgião plástico Marcos André Trindade diz  que a gluteoplastia é indicada para pacientes maiores de 16 anos, quando a estrutura corporal já está quase toda formada. “Pacientes que não foram ajudados pela genética, que tenham glúteos pequenos e disformes, que tiveram uma perda de peso importante, com muita flacidez ou que estão sob efeito do tempo ou da gravidade, são ótimas candidatas”, observa o especialista que prefere trabalhar com os implantes redondos. “Eles proporcionam formato e contornos mais atraentes, além de terem a projeção perfeitamente adequada ao padrão brasileiro”, enfatiza.


Marcos André Trindade, que fez parte da equipe do cirurgião Ivo Pitanguy, ressalta, ainda que as próteses lisas ao invés das revestidas e texturizadas diminuem os riscos de sangramento e lesões. As próteses têm 30 anos de durabilidade e não existe nenhuma contra indicação, quanto à gluteoplastia, mesmo nos adeptos a esportes sujeitos à queda. Segundo o médico, todos os pacientes passam por exames pré-operatórios e poucos são reprovados.


“No primeiro mês não se pode realizar esforços físicos e não se deve usar salto alto. Dirigir, só 30 dias após a cirurgia, quando já se pode sentar e dormir de lado. Após dois meses da cirurgia, os pacientes poderão realizar qualquer esforço, como corrida ou mesmo voltar para a academia e fazer exercícios com peso. O sexo anal está também liberado”, observa o cirurgião, que aproveita para fazer um alerta: “Uma vez realizada a cirurgia de glúteos com próteses de silicone, o paciente não pode mais fazer uso de medicamentos injetáveis na região, pelo alto risco de perfuração dos implantes”.

O cirurgião plástico José Peçanha atenta que muitos métodos disponíveis podem não ser satisfatórios para determinados pacientes como a lipoaspiração mais lipoenxertia, que é um procedimento onde se lipoaspira a gordura do abdome e das costas e injeta (lipoenxertia) no glúteo. Esta técnica tem a vantagem de não ser usado nenhum material estranho ao corpo humano, o que diminui as chances de rejeição. Uma promessa que pode ser perigosa são as aplicações de polimetilmetacrilato, que é a plástica sem bisturi, simples barata e que é uma técnica sedutora de resultado imediato, porém não indicada.

“A desvantagem da lipoaspiração mais a lipoenxertia, que consegue dar um bonito contorno corporal para a paciente, é que não dá para fazer em mulheres muito magras que não tem gordura para doar. Ocorre sempre absorção de parte da gordura, logo, em alguns casos, existe necessidade de nova intervenção cirúrgica”, explica o especialista.


Já com a polimetilmetacrilato, o cirurgião explica que a injeção para aumento dos glúteos pode ser desastrosa. O polimetilmetacrilato é um derivado do acrílico e considerado um preenchimento não absorvido pelo corpo. Meses ou anos após a aplicação, essa substância pode inflamar e causar necrose nos tecidos onde foi injetada provocando graves deformidades.


“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária não proíbe o uso do metilmetacrilato. Já o Ministério da Saúde autoriza o uso somente em pacientes com HIV que sofrem perda de gordura na face, um dos possíveis efeitos colaterais do tratamento da doença”, finaliza Peçanha.


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