ATENÇÃO: AS MATÉRIAS POSTADAS NO CULTURARTEEN ATÉ 21 DE SETEMBRO DE 2019, PODEM SER ACESSADAS ATRAVÉS DO ENDEREÇO:
TEMPORARIAMENTE ESTAREMOS CIRCULANDO APENAS NA VERSÃO ON LINE E NA REVISTA ELETRÔNICA.


 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

FRAGMENTANDO EMOÇÕES - POR QUE JULGAS?

Olá queridos leitores, seguidores, amigos ou apenas visitantes do blog! 
Quero iniciar o texto, desejando-lhes um dia iluminado, repleto de positividade e recheado de muita paz!
Ontem, após ser grotescamente abordada por uma criatura conhecida, numa rede social a qual faço parte, gentilmente me "comunicando", sobre os acontecimentos da vida alheia, tive um ataque de fúria e descontentamento e acabei desabafando publicamente, com palavras bastante ásperas, o que me aborreceu, obviamente sem esclarecer o que e quem haviam me aborrecido tanto. Apenas dei um "chega para lá", generalizadamente, para que outros vissem, o tipo de postura que tenho em relação a FOFOCAS, julgamentos inadequados e coisas do tipo... E foi então, que decidi escrever sobre.
Como já devem ter percebido, intitulei o post, com um questionamento de um verbo bastante conhecido de todos nós. O tão usado e muitas vezes cruel verbo JULGAR.
E retomo a pergunta: "Por que julgas?"
Fato é, que por mais que muitos de nós, assim como eu, tenham verdadeiro horror, a exercitar tal ato, TODOS nós sem exceções, acabamos julgando tudo e todos, indiscriminadamente, independente de nossa conscientização ou desejo.
É feio e errado(será?!), incomoda e as vezes até machuca... Mas a verdade é que o ato de julgar, está entranhado em nós, assim como o primordial ato de auto preservação ou até mesmo o simples ato de falar ou dormir.
Em primeiro lugar, vejamos a descrição exata, do que significa o verbo julgar no dicionário:
"Decidir um litígio na qualidade de juiz ou árbitro.Pensar,supor.Avaliar,emitir opinião, formular um juízo.Reputar, considerar.Ter-se por, considerar-se."
Como podemos ver, segundo a descrição do dicionário, ao pé da letra, TODOS de uma forma ou de outra, julgamos tudo, o tempo todo. Não julgar, já é uma forma de julgamento. Desde os mais remotos tempos, desde que começamos a nos entender por gente, somos ensinados por nossos pais ou responsáveis por nossa criação e educação, a estar atentos a certas características dessa ou daquela pessoa, na sua forma de ser e de agir, para que "avaliemos" (Leia-se: Julguemos), quem deve merecer fazer parte de nosso convívio social e nossa rede de amigos e quem por questões sociais e de auto preservação, devem ser banidas determinantemente, de nossas vidas. Então, eu penso. Se todos julgamos e quase todos temos horror, senão a julgar, a sermos julgados, pois muitas vezes formam-se conceitos errados a nosso respeito, baseados em fatos um tanto irrelevantes, tipo a aparência física e o singular temperamento de cada um, que raras vezes, por si só, definem o caráter pessoal, mas que muitas das vezes, por completa ignorância e falta de sabedoria conceitual, acabam sendo intrinsecamente confundidos... Por que então, todos acabamos por adotar tal postura, um tanto quanto condenatória? E senão o porque... Que muitas das vezes não se justifica, Como fazemos uso de tais julgamentos? E chego ai, ao "X" da questão, em minha linha de raciocínio.
Acredito eu, segundo minha filosofia de vida, um tanto quanto peculiar, que JULGAR, não é verdadeiramente o grande problema, que faz com que nos tornemos seres castradores e cruéis, dispondo de opiniões um tanto quanto levianas em relação ao próximo, que muitas das vezes,não condiz com a verdade e sem saber um terço sequer, do que levou a essa ou aquela pessoa, a tomar tais atitudes em relação aos fatos, ou determinadas posturas em relação a vida, mas sim o que fazemos em relação a esse julgamento. Qual o "veredicto" que nós, com pouquíssimo conhecimento de causa, damos a cada "caso" em particular e que postura adotamos a respeito, tendo em vista, que julgar, seja inevitável, TODOS também cometemos erros e se ora julgamos... COM CERTEZA, ora seremos julgados, já que vivemos em uma sociedade, que embora todos temos leis e regras gerais de conduta a seguir, nos conscientizando do que é certo e errado e nos impondo limites, todos as tomamos para si, as adequando a nossa realidade pessoal. Ou seja, o que pode ser algo simples e normal para mim, pode ser um bicho de sete cabeças para outro, vai depender do ponto de vista de cada um, em relação ao tema ou situação abordada e é ai, que a meu ver, torna-se impossível e injusto, tentar julgar alguém imparcialmente, já que o prisma, nunca será o mesmo dentro de uma mesma situação. O melhor a fazer, para se manter neutro e preservar a própria dignidade e a alheia, é conceituar o fato, tirar suas conclusões e guardar para si. O que caracterizaria uma postura humana e de caráter em relação ao próximo, não se envolvendo num problema e situação que não lhe diz respeito e assumiria uma conduta de tão falho quanto, só que infelizmente, na maioria das vezes, não é bem isso que acontece... Muito se ouve e atualmente se lê, por essa contemporânea realidade, desse paralelo mundo virtual, de que: "Não se deve julgar ninguém, pois não sabemos o que levou a cada um ser, ou fazer isso ou aquilo de sua vida. Não sabemos que dores cada um carrega no peito e etc"... Tentando assim, com tal discurso, dispor de igualdade e respeito em relação as atitudes e motivos do próximo e esclareço, que concordo piamente com tal conceito. Porém, por mais bem intencionada que sejam tais declarações, particularmente, não vejo muito sendo feito a respeito, transformando as palavras em atitudes diárias e sociais, atendo-se muitas vezes, apenas aos pequenos e amáveis textos e só. Nada de muito concreto. Sabe, embora muitos, não tenham uma formação e vivencia religiosa, qualquer um que tenha um pingo de conhecimento ou curiosidade cultural, há de convir, que independente da crença de cada um, quase todos, senão todos os nossos conceitos de certo e errado, nossa constituição federal ou quiça, todo e qualquer tipo de constituição mundial, são baseadas em conceitos bíblicos e milenares, que vem se aperfeiçoando e se adaptando à evolução humana e social. É só olhar os conceitos básicos, que todos aprendemos, desde muito pequeninos, Como por exemplo, o "Não matarás", "Não roubarás" e por ai segue... Como sendo o certo a se fazer e que ninguém em sã consciência e um minimo de humanidade, se permite contestar... Que lá presenciaremos indiscutivelmente os famosos "10 mandamentos" que foram, segundo a bíblia, repassados por Deus, a nós humanos, através de Moisés. Como não pretendo desviar meu foco principal, do post e apenas citei o trecho bíblico, como forma de testificar o que digo, por haver coerência absoluta com o enunciado, quem nunca ouviu falar e quiser criar seu próprio "julgamento" a respeito... É só jogar no tio google, "Os 10 mandamentos", que abrirão milhares de links narrando a respeito, podendo assim, verificar e eximir toda e qualquer dúvida sobre o que afirmo. Mas por que então citei a bíblia como referencial?
Porque o ato de julgar, também está fortemente descrito em uma passagem bíblica e sem a menor intenção de querer, pregar essa ou aquela religião, à descreverei aqui, como um paralelo.
«Não julgueis, para não serdes julgados; pois, conforme o juízo com que julgardes, assim sereis julgados; e, com a medida com que medirdes, assim sereis medidos. Porque reparas no argueiro que está na vista do teu irmão, e não vês a trave que está na tua vista? Como ousas dizer ao teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro da tua vista, tendo tu uma trave na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás melhor para tirar o argueiro da vista do teu irmão.» ( Mateus 7, 1-5)
Percebem, o que essa passagem tem a dizer? De que forma ela descreve o ato de julgar? Mesmo não sendo uma eximia interpretadora de textos, humildemente tento compreender o que Jesus quis dizer exatamente, ao dizer, que não devemos julgar ao próximo. Em minha percepção, entendo, que o ato de julgar aqui descrito por Ele, muito tem haver, não com o fato de avaliar ou formular um juízo em relação ao nosso próximo ou a determinado fato, já que como humanos isso fica quase que impossível, pela nossa essência de conceituar tudo ao nosso redor, de acordo com nossa percepção em relação ao outro e nossa filosofia pessoal, mas sim, que atitude tomamos, como já citei lá em cima no texto, em relação a tal julgamento. Tudo tem muito haver com AÇÃO e não necessariamente a somente pensar sobre, CONSIDERAR. O ato atrás da opinião. O que se fazer, sobre o que se sabe. Como agir a respeito. Na passagem, Ele tenta nos mostrar, que TODOS cometemos erros. Que TODOS somos falhos, humanos e que por isso não temos o DIREITO de apontar as falhas dos outros, sem antes atentarmos ao fato de que também temos nossas próprias falhas. É um discurso igualitário, que demonstra nossa fragilidade e essência humana e falível . Ele diz, o quanto somos hipócritas ao apontar os defeitos e falhas alheias, se na maioria das vezes nós mesmos, não conseguimos sequer enxergar os nossos, para assim, tentar corrigi-los.
Sabe, é muito fácil, além de julgar, falar da vida alheia. Denegrir a imagem dos outros, baseados naquilo que ouvimos, ou vemos e levianamente tiramos nossas conclusões. Como dizem por ai, "Quem tem boca, fala o que quer"... Mas poucos são os que realmente procuram saber, o porque de tais atitudes, o que o outro realmente sente ou pensa a respeito, o que ele passou, que feridas a vida lhe fez, que tipo de criação e "sorte" cada um tem... É certo, que nessa vida, NADA é em vão. Por acaso. Quase tudo na vida tem um porque. Um determinado principio, que levou a um determinado fim.
De certo que muitas pessoas, usam esse discurso, para justificar muitos de seus erros... Mas é fato que, na grande maioria das vezes e em muitos dos casos, ninguém chega a um determinado lugar, sem ter passado por muitos outros, que muitas das vezes no decorrer do caminho, muitos obstáculos tiveram que ser ultrapassados e vencidos e que muitos, por falta de "sorte", ou determinação ou até mesmo de um caráter solido e convicto, acabam por tomar certos desvios, julgando ser um caminho mais fácil e se perdendo completamente do que é visto como certo e justo pela sociedade em geral. Mas esses casos a parte, fato é: Ninguém é o que é ou faz o que faz, a troco do nada. Baseado em coisa nenhuma. Por mais absurda que uma situação possa parecer a nossos olhos, sempre haverá um porque, que por mais que não se explique, se justifica. Sempre haverá um motivo, ou motivos anteriores ao presente, que levaram a cada um agir de determinada forma. Então, cabe a nós, HUMANOS e FALHOS, tentarmos nos condicionar, já que está inserido a nós culturalmente, a sempre julgarmos aquilo que vemos e desconhecemos, antes de tomar uma atitude, procurar conhecer todos os fatos relacionados a tal pessoa ou história e pensar muito, o que fazer em relação a tais informações, que na maioria dos casos, NÃO NOS DIZ RESPEITO e falar sobre, NADA mudará ou acrescentará de produtivo em nossas vidas, apenas causando desconforto e até mesmo injustiças e problemas em relação a vida alheia.
Foi esse tipo de coisa, que me levou a escrever isso tudo, como forma de protesto e atento, a todos nós, que inevitavelmente também cometemos erros. Em fazer perceber, como isso é injusto e até cruel, baseado nos comentários maldosos que uma pessoa fez a mim, de uma outra, que nem sequer tem a minima relação comigo e que nada me diz respeito... Mas que se, ao invés de uma postura, do tipo, "Não faça aos outros o que não quer para si"... Eu me cala-se em relação ao leviano comentário, que causou em mim um sentimento de revolta e insatisfação, eu argui-se a respeito e após minhas breves conclusões, saísse passando adiante, as "informações" desnecessárias a mim ditas, poderia criar assim, uma bola de neve de problemas na vida alheia, de alguém, que nunca sequer me fez mal algum; E outra... Se a tal pessoa, estava se fazendo de "portadora de noticias irrelevantes da vida alheia", que nada lhe diziam respeito e muito menos a mim, o que não me faria crer, que ela faria o mesmo comigo e com quem mais de alguma forma lhe chamasse atenção, em sua vidinha para lá de medíocre?! Porque é só o que acredito, que faça, com que uma pessoa tome tal atitude na vida... Uma pessoa infeliz, amarga, invejosa e com uma vida para lá de medíocre e vazia, sendo necessário, tomar conta da vida dos outros, para ter assim, com o que se preocupar indevidamente, mas com isso, tentar preencher seus vazios existências. Esse tipo de pessoa não merece o menor crédito, seja lá de quem for, por uma conduta injustificadamente tão baixa, inapropriada e desumana. Afinal, NINGUÉM é perfeito e TODOS sempre tem e terão, uma "poeirinha em baixo do tapete" ou um "telhado de vidro", por ter tomado uma atitude, da qual não se orgulham muito, num passado de erros e deslizes. Todos erramos, em algum momento de nossas vidas.Todos somos falhos. Todos somos humanos. O que nos difere, de sermos ou não pessoas de bem, é o que fazemos com nossos erros... Como usamos essas falhas, para nos tornarmos pessoas melhores, para aprendermos, para acertarmos mais para frente, no decorrer de nossas vidas, os deslizes que hoje cometemos. Para finalizar minha gente, que já falei demais... Normal!(rs) O que quero deixar aqui, mas como uma revindicação, do que como um conselho, porque "conselho se fosse bom ninguém dava, vendia-se"... É que: POR FAVOR! Estamos em pleno século 21, onde temos acesso a tanta informação, atividades e possibilidades para preencher nossas vidas e realizar nossos sonhos... A humanidade deu um salto enorme, na modernidade e evolução humana em muitos aspectos... Então, não percamos tempo - até porque ele é raro e voa - em saber e falar da vida alheia. Gente, se a pessoa está levando a vida dela, sem afetar em nada a sua, deixe que ela arque com as consequências dos seus atos. Cuidemos cada um de suas vidas. Deixemos o papel de juízes, designando sentenças e punições para esse ou aquele deslize, ou erro de conduta, que NÃO nos diz respeito e em nada nos abala, para Deus, que é soberano e transborda em sabedoria, ou para aqueles que estudaram muito para isso, que são designados pela sociedade ,como capacitados para tal, que são os juízes. No mais meus queridos, "Aqui se faz, aqui se paga" e cada um terá a recompensa adequada a tudo aquilo que nesse mundo fizer. Não perca seu tempo. Não se preocupe com o que não lhe importa. Com o que não lhe diz respeito. Deixe que cada um faça aquilo que julga certo, porque mais a frente, ele terá que arcar com as consequências de seus atos. Arranje um objetivo para sua vida. Volte a estudar. Leia. Faça um trabalho comunitário ou um voluntariado. Crie um animal. Faça um jardim. De oportunidade a um novo amor. Adote uma criança. Seja útil. Faça o bem. Existem mil e uma atitudes e possibilidades, que podem preencher sua vida, sem que para isso, você tenha que fazer da vida e dos problemas dos outros, um sentido para sua vida. Deixe cada um com seu cada um. Você vai ver, o quanto sua vida ficará muito mais leve e você se sentirá muito mais útil e feliz. Se cada um de nós, tomarmos esse tipo de atitude individualmente, de repente quem sabe, assim como uma reação em cadeia, daqui a um tempo, comecemos a exercitar o respeito ao próximo verdadeiramente, através de atitudes e não só palavras... E assim finalmente, encontrarmos o tão falado caminho para paz.
Lembre-se: "O meu direito termina, onde começa o do outro".
Então... "Respeite para ser respeitado, compreenda para ser compreendido, perdoe para ser perdoado..." E assim sucessivamente. Siga a priore de agir com seu próximo, exatamente como gostaria que agissem com você e por mais que muitas das vezes, não seja exatamente assim que acontece, creia! Lá na frente, com certeza a vida lhe dará o retorno de tudo aquilo que fizeres enquanto viver. "Faça o bem sem olhar a quem!" Por que na pior das hipóteses, você sempre que colocar sua cabeça no travesseiro, você dormirá tranquilo, pois estará quite consigo mesmo, na tentativa de alcançar sua paz interior.
É isso... Que minhas longas palavras, embora não sejam uma verdade única, sirvam ao menos para reflexão de todos nós, sobre atitudes que tomamos cotidianamente, sem muitas das vezes, nos darmos conta disso e quem sabe fazer uma releitura dos valores e rever posturas, que nos são tão necessárias ao bom convivo social.
Muita luz e paz para todos e até breve!
bjsss
M.A :) MÁRCIA ANDRÉA - FRAGMENTANDO EMOÇÕES http://mulheresvenusianas.blogspot.com.br/2012/08/por-que-julgas.html

Obs: Novamente repito, que não tenho a menor intenção de levantar polêmicas, ou pregar uma filosofia pessoal a ninguém, apenas escrevo baseada em fatos cotidianos que me afetam e a muitos do meu convívio e que eu sinceramente espero, um dia possam ser mudados drasticamente em busca de um mundo melhor, onde cada um respeite seu próximo. '