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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

MÉDICOS ESTÃO PREOCUPADOS COM USO EXCESSIVO DE TECNOLOGIA

Em matéria exibida nesta segunda feira 09 de novembro, médicos se dizem muito preocupados com o uso excessivo da alta tecnologia ao alcance das mãos.
Dependência e outras doenças estão atacando pessoas de todas as idades.
Confira matéria acessando:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/11/exagero-do-uso-da-tecnologia-preocupa-medicos-e-psicologos.html

Exagero do uso da tecnologia preocupa médicos e psicólogos

JN mostra uma série de reportagens sobre os viciados no mundo digital. Faça o teste para descobrir se você é um deles.


Uma pergunta para fazer você pensar enquanto assiste à reportagem: quanto tempo você consegue passar sem olhar para a telinha do celular?


Se você tirasse o olho do celular só por um minuto, o que você veria? Gente como você - um minuto atrás. Hoje quantas pessoas pagam uma viagem pra ver um lugar novo, pelo celular?
James tem dois. E brinca que ainda não é suficiente.
"Eu falo num e mando mensagem pelo outro. Não sei se é saudável, mas é necessário", ele diz.

É, você não está sozinho. Dentro das janelas de todos os prédios mostrados no vídeo, tem gente fazendo o quê? De qualquer lugar, a tecnologia conecta a gente com o mundo. E essa vida virtual sedutora vai consumindo a vida real. O dono do tempo pergunta: é um avanço ou um retrocesso?
Nos números, só avanço: em 2011, os adultos americanos passavam 46 minutos por dia no celular e no tablet. Hoje, já são quase 3 horas – ouvindo música, navegando, vendo redes sociais ou a TV no smartphone. Os brasileiros ficam mais: 3 horas e 47 minutos, só no celular!
Dos 3,6 bilhões de usuários de celular no planeta, Patrícia é puro orgulho, zero culpa.
“É vital, meio que nem água. Aliás, eu uso mais o celular do que eu bebo água”, contou Patrícia Demarco, gerente de serviços.
Atravessando a rua, no escritório, no aconchego da família...
“O único jeito que eu deixo o celular aqui é quando eu estou com meu filho, pra dar o banho, pra dar o jantar. Mas enquanto ele tá jantando, de vez em quando eu dou uma olhadinha”, admitiu Patrícia.
O dia fica assim: das 24 horas, são seis dormindo, duas com o filho. E 16 horas ligada.
“Um clique de falar com todo mundo, um clique de resolver um problema, um clique de comprar alguma coisa que está faltando”, afirmou a gerente.
A dependência mundial é tanta que uma pesquisa feita na Inglaterra mostra que mais da metade dos usuários sofre de nomofobia, ou seja, fobia de ficar sem o celular.
“Eu boto do lado e vou dormir, mas ele dorme do meu lado”, contou Patrícia.
O marido reclama: “não consegue entender porque eu não posso deixar o telefone por algumas horas e conversar e jantar”, disse Patrícia.
Quanto mais a gente usa, mais dá vontade de usar. Tem hora que você esgotou um assunto, viu todos os e-mails, já rodou as redes sociais de cima pra baixo, de baixo pra cima, olhou todas as fotos e não se contenta. Parece um desejo sem fim, que te deixa amarrado, plugado, ligado. A explicação tá em algo que a gente não vê, e que acontece no cérebro.
Os pesquisadores acreditam que o efeito do uso excessivo da tecnologia seja parecido com o que já foi comprovado com o uso de videogames. A partir de oito minutos de uso, o cérebro libera dopamina, uma substância que dá motivação, euforia, prazer. Com o tempo, o corpo vai criando uma tolerância. E cada vez precisa de mais estímulo pra atingir o mesmo nível de satisfação.
“É semelhante ao uso abusivo de drogas. A dependência tecnológica, ela entrou de uma maneira silenciosa em nossas vidas, porque de uma forma ou de outra, ela entrou de uma maneira recreativa”, afirmou Cristiano Nabuco, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas – USP.
Matt diz que olha o telefone cinco vezes por minuto.
"Às vezes, acaba a bateria, e eu ainda tiro do bolso várias vezes até me convencer de que ele tá realmente descarregado", contou o jovem.
O psiquiatra Larry Sandberg diz que o “maior prejuízo é que as pessoas estão deixando de conversar, e ficam menos conectados socialmente”.
A psicóloga Carolyn Alroy alerta: "é automático. As pessoas estão procurando o telefone quando não sabem o que fazer, ou quando têm um problema, para fugir da vida real".
Van inventou um jeito criativo de chamar a atenção pro problema. É o "NoPhone", o não-telefone. Um pedaço de plástico, que não tem tela, nem bateria, só um efeito psicológico.
"Você pode segurar, botar no bolso, ter a sensação do telefone na sua mão. E aí você sai com a sua namorada, olha no olho dela, e curte a companhia'', mostrou Van. Ele diz que já vendeu mais de 3 mil para o mundo inteiro.
Será que tem apelo? Uma família brasileira não gostou muito: “Eu ia sentir muita falta. De tudo: Da internet, da ligação. Não ia dar pra mim”, disse um turista.
Mas um turista francês curtiu e deu uma dica ao inventor: "Você deveria escrever aqui – ‘a vida real é melhor’".